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quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Melhor investimento


Pelo título e por eu ser o proprietário de uma imobiliária, provavelmente você deva estar pensando que indicarei um imóvel para investimento como sendo a melhor opção, certo?
Errado!
O melhor investimento que existe no mundo não é comprar imóveis. É investir em pessoas!
Perceber isso foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. É uma aplicação onde se multiplica o retorno diariamente, no curto, no médio e no longo prazo.
Não há qualquer alternativa em nicho algum de mercado que proporcione melhor e maior retorno que pessoas.
Em primeiro lugar, a sua vida melhora. Pessoas que trabalham bem, que crescem, se desenvolvem e tentam ser pessoas melhores, invariavelmente transformarão a sua vida em algo fabuloso. O ambiente de trabalho fica com uma energia diferente, todo mundo vibra na mesma frequência.
Em segundo, pessoas que trabalham felizes entregam melhores resultados e qualificam-se mais. Mais uma vez o investimento retorna multiplicado.
E terceiro: a percepção por parte do cliente é aumentada em níveis profundos e altos.
O desenvolvimento corporativo ocorre em velocidade vertiginosa quando a equipe está alinhada e adere à filosofia e aos valores da empresa.
Recentemente, uma das nossas colaboradoras resolveu empreender. Fizemos um processo seletivo onde mais de 300 pessoas enviaram currículo. Apenas uma foi selecionada.
Qual a percepção do cliente?
O cliente externo não percebeu que era uma colaboradora nova (a não ser nos três primeiros dias, claro). O cliente interno disse que parecia que ela já estava na empresa há um ano.
Esse tipo de retorno justifica fazermos seletivas com 100 candidatos, às seis horas da manhã, em feriados e finais de semana.
Com tanto treinamento e qualificação, sofremos assédio do mercado e muitos colaboradores saem para empresas que melhor remuneram.
E nós adoramos isso. É o mercado reconhecendo nosso bom trabalho. São nossos colaboradores crescendo e evoluindo.
Uma semana depois da saída da empreendedora, outra colaboradora saiu para trabalhar em um banco. Proposta irrecusável.
Saiu com nosso total apoio, mas nos deixou com um grande dilema. Contratar alguém com pressa, visto que há uma colaboradora nova ainda aprendendo a função, e, para piorar, o mais antigo do setor foi cobrir a função da que foi para o banco e também está aprendendo a função?
Ou procurar manter a qualidade e seguir o processo seletivo tal e qual nos propomos mesmo que demore e sabendo que isso refletiria de alguma forma no cliente que ficaria desassistido em alguma situação?
Optamos por seguir nosso rigoroso processo seletivo.
Algumas pessoas reclamaram nas mídias digitais alegando que nosso processo seletivo é arrogante e queremos dar lição de moral.
Contratar por perfil tem disso. Quem não tem perfil e não está alinhado sequer entende a profundidade de tudo que fazemos.
Foram mais 150 currículos para encontrar um rapaz que estivesse alinhado com a nossa filosofia e disposto a se permitir, desenvolver-se profissional e pessoalmente.
O retorno disso é uma empresa com resultado fora dos padrões, orgânica, dinâmica, com proposta de valor clara, ativa e, mais importante, com clientes encantados e cada vez mais satisfeitos.
O processo é infalível? Claro que não. Errar faze parte inclusive do amadurecimento e crescimento da empresa. Mas tomamos alguns cuidados que reduzem esse risco.
Todos que entram estão alinhados? Não. Muita gente na empresa ainda não internalizou a filosofia, todavia cada dia que passa mais gente está aderindo a conduta do resultado.
Definitivamente, a felicidade de uma equipe de alta performance, que encontra eco entre si e percebe que começa a colher em virtude de seus esforços em qualificação, é indescritível.
Investir em pessoas é o melhor e mais rentável investimento que você fará na vida, com retorno eterno.

Publicado em: A Tribuna Regional no dia 18.03.2017
@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br

Avaliando o imóvel corretamente

Em janeiro de 2017, participei de uma mesa redonda no SECOVI onde um dos temas mais debatidos foi a avaliação de imóveis.
O próprio presidente da instituição manifestou descontentamento com a prática exercida por muitos corretores ou profissionais do ramo que mentem aos seus clientes com o objetivo de garantir alguma exclusividade ou vantagem.
Esses profissionais antiéticos descaradamente enganam quando avaliam o imóvel em questão a um valor muito acima da realidade que o mercado comporta.
Se o imóvel está com exclusividade na imobiliária X, o profissional mau caráter encontra o proprietário e diz que pode ser vendido pelo dobro do valor ou algo do tipo, bem acima do praticado pelo mercado, apenas para captar o imóvel para sua imobiliária.
Então o cliente, ludibriado, acredita na lorota e aumenta o valor de venda.
Isso é comercialmente nocivo por uma série de fatores, entre eles:

  •     Inflaciona os imóveis no mercado com um efeito dominó que invariavelmente é seguido por uma onda de congelamento nas vendas, e quando se trata de imóveis isso pode durar anos;
  •     Deterioração na relação comercial entre os profissionais do ramo e as empresas atuantes em mesmo segmento;
  •     Insatisfação do cliente;
  •     Descredibilização da classe.

Depois disso, ficamos com uma batata quente nas mãos. Precisamos desconstruir um conceito absolutamente fraudulento da consciência do proprietário para que ele nos permita colocar seu imóvel a valor de mercado e então, finalmente, conseguirmos comercializá-lo.
Quando o valor não está adequado o imóvel pode ficar vários anos para ser vendido. E por que vende então depois disso?
Porque depois de vários anos sem ajustar o preço, finalmente o imóvel chega ao valor de mercado.
Quando o preço está correto, o tempo de vendas é de seis meses, no máximo.
Quando está abaixo do valor de mercado a venda é praticamente imediata.
Quando está acima do preço de mercado porque o cliente coloca sua árvore frutífera contabilizando como um fator que agrega valor ao imóvel, isso é apelação.
Negócios são negócios e mesmo que para o proprietário a venda venha com uma carga emocional pesada, mesmo que sua linda pitangueira não tenha sido devidamente valorizada pelos R$ 50.000,00 a mais que ele tinha julgado, ou aquele maravilhoso banhado perfeito para plantar arroz, ou até a linda despensa localizada embaixo da escada que está exatamente no meio da sala de estar, ou o maravilhoso rebaixamento de gesso que custou dois mil mas que vale agora quinze.
O comprador nem sempre valoriza as mesmas coisas que o vendedor e os apegos emocionais de quem vende não procedem nesse tipo de negociação.
Não raro encontramos pessoas que justificam o valor de seu imóvel balizando o que está sendo praticado pelo vizinho.
"Mas meu vizinho ali da quadra de cima está vendendo por dois milhões e o daqui da frente por dois milhões e duzentos".
Quando perguntamos há quanto tempo o imóvel está a venda, a resposta sempre é de dois anos ou mais.
Ou seja, imóvel com valor acima do mercado não vende nem aluga e, se alguém algum dia vendeu ou alugou, é pura exceção e como tal deve ser assim tratada.
É complexo para nós, profissionais da área, quando precisamos avaliar um imóvel e sabemos que os proprietários possuem grande valor sentimental e/ou não querem vender.
Nos deparamos com imóveis superfaturados pelos proprietários justificados pelos mais infundados motivos, como supracitado. E ao mesmo tempo queremos vender ou alugar e para isso precisamos atribuir o preço de mercado, ou seja, preço pelo qual os clientes estariam dispostos a pagar.
Se for diferente disso, não aluga nem vende e o cliente virá nos cobrar por termos precificado errado e ainda não termos feito negócio. Enquanto os vendedores mau caráter acabam negociando pela metade do preço tempos depois alegando excelente oportunidade situacional.
Minha sugestão? Pegue sempre pelo menos quatro opiniões de profissionais com reputação ilibada e experiência de mercado porque no frigir dos ovos, avaliação de imóveis é exatamente isso, entender o que o mercado está disposto a pagar pelo bem naquele momento levando-se em consideração as negociações já efetuadas no mesmo estilo e porte.

Publicado em: A Tribuna Regional no dia 11.03.2017
@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Zona de conforto


Nesses processos seletivos que andamos fazendo, muita gente tem nos retornado elogiando pela injeção de ânimo e pelo choque de realidade que proporcionamos ao questionar os candidatos sobre coisas básicas da vida.

Qual o seu sonho? Qual o seu objetivo de vida? Qual a sua meta para o ano? Para a década? Para o mês?
O que você espera? Por que espera e não vai buscar você mesmo?
As pessoas estão, de maneira geral, confortavelmente acomodadas na quentinha zona de conforto.
Quando alguém resolve sair, normalmente a família puxa de volta, ou os amigos ou mesmo os cônjuges.
Ocorre que não há desenvolvimento na zona de conforto. Se não está incomodado com a situação, então está confortável e seguro, e se está assim é porque não está se permitindo crescer.
Quando sempre fazemos a mesma coisa, invariavelmente teremos os mesmos resultados que sempre tivemos.
O que você aprendeu de diferente nos últimos 30 ou 60 dias que lhe colocou um passo a frente de sua felicidade e realização?
As pessoas estão tão envolvidas com suas vidas e com elas mesmas que não se desenvolvem. Envolvidas. Des Envolver.
A profunda transformação decorrente dessa quebra de padrão comportamental é tão drástica que muita gente sucumbe. Desmorona.
Via de regra dói tanto, principalmente a boca do estômago, que as pessoas choram.
Dormem menos, comem errado, etc.
É necessário abrir mão da saúde para se desenvolver? Claro que não!
É importante se ter claro que é necessário sair da zona de conforto para ir para zona de desenvolvimento e não para zona do pânico.
Nesta última muita gente trava e não consegue se permitir nem se desenvolver.
Se fosse fácil pouca gente ficaria lá.
Tanto é difícil que há toda uma coerção social pronta para voluntariamente lhe auxiliar com competente assessoria a voltar ao mesmo lugar.
E por que ninguém está disposto a pagar o alto preço do desenvolvimento e lançar-se para fora dessa maldita âncora?
Primeiro e mais importante é falta de gestão emocional. Segundo: falta de bons exemplos. Terceiro: falta de atitude e iniciativa, coisa que diga-se de passagem é artigo raro no mercado. E por último, pelo efeito manada onde todo mundo está fazendo a mesma coisa e para ser aceito socialmente acabo entrando na mesma onda.
Este último não para por aí. Além de eu querer ser normal, as pessoas ativamente me boicotam para que eu retorne a origem, por terem certeza de que é o melhor para mim, mesmo que eu discorde.
Ninguém estuda o que precisa ser estudado. Ninguém lê. Ninguém trabalha com o seu melhor. Mas todos querem a Ferrari na garagem e ainda tem a cara de pau de falar mal daqueles que a tem.
O que você está fazendo para sair da zona de conforto?
O que está esperando para buscar sua felicidade e realização hoje?
Por que algo precisa acontecer antes para que só então você comece a buscar isso?
Não pode haver pré-requisitos para ser feliz. A jornada é muito mais importante que o destino e se você esperar por uma coisa para fazer outra, nunca fará a primeira.
Como diria meu amigo Pippi: "Não há nada mais definitivo que aquilo que é temporário".
Enquanto uns fazem, outros estão esperando terminar a faculdade, casar, arranjar namorada, começar a trabalhar, ter dinheiro, ter condições, ter...
Tome vergonha na cara e faça de uma vez o que tem que ser feito, saia da zona de conforto!
Desenvolva-se como profissional! Como pessoa. Como o que quer que seja.
Pare de dar desculpas e comece a agir e trazer soluções.
A vida é uma só e é agora! Enquanto uns colhem realizações outros plantam apenas vento.
Comprometa-se com seu trabalho, com seus resultados, consigo. Faça acontecer!
O semeio é livre, mas a colheita é certa!

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Solução para o hospital

Você já fez compras no Zaffari em Porto Alegre?
Se sim, sabe que os caixas ao final das compras lhe perguntam se você gostaria de doar os centavos para um hospital.
Essa genial ideia angaria fundos significativos para as instituições.
Santo Ângelo sofre há anos com a falta de verba para as UPAs e para o hospital municipal.
Por que não seguimos os exemplos de sucesso de cidades onde a doação funciona?
Conversando com os caixas, fiquei sabendo que mais de 90% dos clientes doam não só os centavos para "arredondar" a conta, mas também um pouco a mais.
Essa ideia já foi trazida a pauta em entidades da cidade e ninguém teve interesse em dar continuidade.
Certamente, há alguma coisa nesse contexto que eu desconheço para uma ideia que dá certo em outras praças não vingar aqui. Não sou político e não entendo muita coisa que muita gente do ramo enxerga.
Quem sabe lobby dos supermercados que não querem ser fiscalizados referente a quanto gira de capital.
Talvez criar um sistema onde haja transparência e permita que todas as doações sejam claramente acompanhados pela população seja algo que os tomadores de decisão não queiram para o momento.
Enfim, como não sou da área, não entendo os motivos e tentar explicá-los aqui seria teoria da conspiração. Sendo assim, me atenho aos fatos que tenho conhecimento.
Não me preocupo com a falta de repasse das empresas. Se o dinheiro entra como doação na nota, vai para o sistema desta forma e assim pode ser monitorado.
Minha maior preocupação nesse caso, embora não única, é a de que as empresas que recebem esse dinheiro sejam transparentes e façam o recurso chegar ao destino correto.
Creio também essa é a preocupação de muita gente, pois em países onde até a comida de escolas das pessoas que realmente passam fome são roubadas, desviar fundos de hospitais é fichinha.
É necessário criar um sistema de gestão e controle onde as instituições arrecadadoras disponibilizem ao público quanto está sendo repassado, outra que mostre quanto desse montante chegou ao órgão que administrará esse fundo e, finalmente, quanto desse dinheiro efetivamente chegou ao destino.
E nem entro aqui no mérito de se o hospital ou qualquer outro local que receberia esse recurso faz um gasto consciente desse valor.
Meu intento é garantir a transparência para que todos cada vez mais sintam-se seguros e encorajados a doarem os centavos que arredondariam o troco e façam sempre sua caridade.
Feito isso fica mais fácil trabalhar com campanhas de divulgação e conscientização.
Obviamente que com a carga descomunal de impostos que pagamos, esse dinheiro não deveria ser necessário. Contudo, a má administração pública e a falta de gestão financeira com o nosso dinheiro faz com que ainda tenhamos que doar.
Enquanto há coisas que não podemos mudar, outras podem ser solucionadas com boa vontade e atitude.
Se você concorda, multiplique.

Publicado em: A Tribuna Regional no dia 25.02.2017
@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br

terça-feira, 6 de junho de 2017

O que me preocupa na corrupção

O que me preocupa na corrupção é que ela é endêmica. E que, mesmo que digam que o exemplo arrasta, não basta fazermos nossa parte quietos em nosso canto.
É necessário cobrarmos das pessoas que façam a parte delas e chamá-las na responsabilidade de fazer a coisa certa.
E quando eu falo em corrupção não me refiro ao erro de avaliação ou a atitudes infelizes. Me refiro ao que intencional e deliberadamente é feito para não ser pego.
Me refiro a mentira na pergunta direta. Ao troco não devolvido. Ao jeitinho na vaga pormenorizado o contexto...
Quando perguntamos a uma criança que fez arte, se ela fez, ela nega.
Nega porque tem medo da punição, do castigo, da surra...
E quando crescemos e cometemos algum erro na relação? No trabalho? Com amigos? E quando nossa responsabilidade, nossos princípios e valores são colocados à prova?
Quando nos colocam na parede e perguntam a verdade, olhando em nossos olhos, e mentimos, sou eu, enquanto cidadão, endossando a má conduta dos políticos em Brasília que me representam.
Sou eu sem valores ou caráter. Me corrompendo apenas para não ver a cara feia de alguém, ou porque me importo muito ou porque não me importo nada.
Toda vez que faço algo errado vai mais um voto para nossos representantes que, por serem sem valores e caráter como nós, nos representam e nunca fazem o que é necessário para a população.
Quando você ver alguém jogando o lixo na rua, não basta ir lá e juntar. Junte e repreenda quem fez.
O Brasil não vai para frente porque a base que sustenta essa corja toda somos nós. Eles são nossos representantes.
Como Sergio Moro diz, é tudo uma questão de oportunidade.
Mas o que me incomoda de verdade não é tanto o resultado desses pequenos deslizes quando acontece com pessoas próximas a mim.
Porque isso é pouca coisa, insignificante frente a correria do dia a dia, sobretudo quando não pessoalizamos.
Me preocupa quando invocam nossos valores e prevaricamos.
Confiar em quem mente por bobagem é o mesmo esforço de confiar em quem mente com coisas sérias, e não acontece.
E para confiarmos, precisamos de pessoas com valores alinhados aos nossos. Próximas, pois a coerção social não é fraca e só quem tem bases muito fortes resiste.
No país do jeitinho, a tentação de obter alguma vantagem da forma que for é enorme.
Veja o exemplo de Espirito Santo. Os marginais resolveram saquear as lojas e a população o que fez? Entrou na onda e saqueou também.
É pior do que dizia Luther King, os bons não se calaram, se converteram em maus.
O mau exemplo dos bandidos, dos corruptos, dos malandros e das pessoas que sempre dão um jeitinho estão sendo mais seguidos do que os bons exemplos de quem faz a coisa certa.
A cada dia que passa o fardo dos corretos aumenta e isso incentiva a todos a fazerem o errado.
Sejamos o exemplo nessa sociedade corrupta e façamos a diferença!

Publicado em: A Tribuna Regional no dia 18.02.2017
@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br

sexta-feira, 2 de junho de 2017

Empresas sem valores

Recentemente trocamos nosso ar condicionado. Íamos comprar de uma empresa mais barata em outra cidade e pegar a mão de obra local, mas optamos por prestigiar uma empresa daqui.
Acordo feito, serviço pago, contrato assinado.
Quando vieram instalar o AR, começaram a aparecer os poréns e o valor começou a aumentar.
Ligaram-nos querendo cobrar taxa extra de instalação pois não haviam previsto que a parede poderia não ser forte suficiente.
Cobraram também canos extras a um valor não estipulado previamente, embora houvessem dito que poderiam precisar de mais cano.
Como não poderia ser diferente, me indispus com a empresa. Reclamei que eles não haviam informado nada disso antes e que, por serem uma empresa antiga, certamente não seria a primeira vez que isso acontecia.
Quando nós aqui da imobiliária assumimos um compromisso com algum cliente, honramos. Isso é honestidade e comprometimento com o cliente e é esse tipo de atitude que gera credibilidade.
Empresas que falam alguma coisa e que depois tentam onerar o cliente dando o jeitinho, repassando sua incompetência e falta de previsibilidade não são sérias e nem deveriam mais existir no mundo moderno.
Infelizmente nosso povo tem memória curta e gente desonesta continua no mercado.
Depois de gritarem comigo e me ofenderem, disseram que iriam então cobrar os canos de cobre apenas e não a mão de obra.
Quando isso aconteceu, logo entendi que eles iriam cobrar a mesma coisa, de outra forma.
Para minha tristeza, alguns dias depois o dono veio até mim cobrando metade da entrada pelo aparelho mais mão de obra, conforme imaginado. Sem nota pelo que estava cobrando, e ainda, incluindo material da instalação.
Sabe o que é pior?
Quando o confrontei com essas informações e disse que pagaria para não me incomodar mas que não era certo e que eles, como uma empresa de nome forte, deveriam ou avisar aos clientes antecipadamente para que façam previsão financeira, ou deveriam honrar do próprio bolso o custo, que em nosso caso seria o certo, o PROPRIETÁRIO do negócio disse:
"Paga então e nos próximos clientes a gente vê como faz, acho que terei mesmo que ajustar nosso contrato de prestação de serviço pra não dar esse problema que está dando agora".
Ou seja, paguei pela incompetência, despreparo e falta de profissionalismo de uma empresa que não está nem um pouco preocupada com a satisfação do cliente, quiçá o encantamento.
Via de regra é o que acontece, comprometimento, honestidade e credibilidade são deixados de lado quando a empresa precisa cortar na própria carne importando-se apenas com o dinheiro sem qualquer preocupação com os valores.
A lei não me permite citar, mas muita gente nos pede referencias e recomendações. Evidentemente que elas serão, conforme nossa conduta, honestas. Afinal de contas, não colocaremos nossa credibilidade em jogo para proteger empresas que não respeitam seus clientes.
E isso serve para todos os nossos prestadores de serviços e parceiros. Se indicamos é porque realmente acreditamos no trabalho.

Publicado em: A Tribuna Regional no dia 11.02.2017
@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br

terça-feira, 30 de maio de 2017

Processo seletivo II

Muitos candidatos vieram conversar comigo sobre o texto da semana passada, e ainda alguns empresários.
O que não foi explicada, e é a parte mais importante do nosso processo, é a filosofia da empresa.
Essa história de focar em resultado realmente afasta muita gente, afinal de contas só entrega resultado quem tem perfil e conduta ativa.
Iniciativa é pré requisito.
Quem quer sair do trabalho as 18 horas e descansar, assistir televisão, tomar um mate tranquilamente, definitivamente não está alinhado com nossa filosofia de alta performance.
Não há como entregar um resultado acima da média sem estar permanentemente estudando, lendo e buscando ativamente qualificação.
Hoje praticamente tudo se encontra no Google, e a falta de conhecimento só acontece por pura acomodação.
Se o colaborador é acomodado, nunca está atualizado e qualificado. Ficará sempre esperando da empresa, do governo ou de outras pessoas que seja entregue mastigado e no colo oportunidades para se desenvolver profissionalmente. Oportunidades que aliás não serão bem aproveitadas, pois ele não as valorizará.
Estou dizendo com isso que a pessoa trabalhará depois do horário? Absolutamente.
Digo com isso que quem quer apenas cumprir horário jamais estará entre as pessoas de alto desempenho, pois necessariamente estará desatualizada e desqualificada.
São pessoas profissionalmente preguiçosas e que estão acomodadas na quentinha zona de conforto.
Para ter resultados que ninguém tem, é necessário fazer o que ninguém faz, dormir o que ninguém dorme, estudar o que ninguém estuda.
As pessoas querem fazer dinheiro sem correr atrás disso, sem pagar o alto custo que isso tem. Esperam que caia no colo, e do céu ainda.
Depois reclamam que as coisas não acontecem, que perderam a vaga, que foram demitidas, que o outro foi promovido. Mas jamais reconhecem que sua função protagonista nesse cenário precisa ser executada de forma enérgica.
Motivação vem de dentro.
Sair da zona de conforto dói. Faz chorar. Machuca. Desconforta. Mas é o ÚNICO caminho para o crescimento e desenvolvimento profissional.
As pessoas que convivem com gente de alta performance acabam se afastando, pois não há meio termo, ou está impulsionando para cima ou está puxando para baixo.
E se quando a decisão de sair desse conformismo foi tomada a pessoa não estava entre os profissionais de alta performance, então necessariamente seu convívio pessoal precisa ser todo revisto.
Isso não é achismo e não é negociável.
Veja as pessoas de muito sucesso. Pessoas felizes e realizadas profissionalmente. Elas convivem com acomodados, coitadistas, fracassados, pessoas de baixo desempenho?
Se você sequer conhece e conversa com alguém de muito sucesso e realização profissional, então necessariamente você está no outro time e cada vez mais distante dessa realidade vencedora.
Não existe certo ou errado nesse mundo. O que existe é objetivo de vida.
Isso se o que você quer da vida é conforto, qualidade de vida, um excelente carro e uma casa com tudo que sempre quis. Não precisar depender de governo nem da fila do SUS para o que quer que seja. Pagar escola de qualidade aos seus filhos e educação complementar no que há de melhor, certamente seu lugar é entre pessoas de alta performance.
Você pode até não gostar da nossa filosofia. Pode ser desprovido de ambição. Pode dar mais importância para relações onde qualificação, metas, objetivos e resultados não sejam importantes.
Mas certamente quando for comprar, vender, ou alugar um imóvel, vai querer deixar com uma empresa onde os colaboradores dão o seu melhor para encantar o cliente, sem demagogia ou hipocrisia. Que se esforcem na busca contínua por excelência e qualificação e que esteja sempre um passo a frente.
Ninguém gosta de ser atendido de qualquer jeito por alguém que está ali por obrigação apenas esperando as 18h.

Publicado em: A Tribuna Regional no dia 04.02.2017
@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Processo seletivo

A Imobiliária Jaeger está sempre contratando, principalmente se a função é vendas.
Costumo dizer que a profissão que melhor remunera é a de vendedor. E o topo da pirâmide em vendas é ser corretor, ou de imóveis ou da bolsa.
Ocorre que para estar no topo é necessário uma série de habilidades, as quais muitas pessoas não estão dispostas a desenvolver, então desistem antes de chegar.
Sendo assim, nunca há mais oferta de bons vendedores do que vagas.
Recentemente, abrimos um processo seletivo para locação e administração de condomínios.
Anunciamos apenas pelas redes sociais, primeiro pelo perfil – queríamos pessoas atualizadas com a atual realidade do mercado – e segundo pela filosofia da empresa.
Acredito que nunca na história da empresa tenhamos recebido tantos currículos.
Foram mais de 100 pessoas onde menos de 20 optaram em continuar concorrendo a vaga.
O motivo?
Informamos que atuamos com gestão por resultado. Que mensuramos produtividade. Que está em aberto um trabalho e não um cabide temporário empregatício.
Impressionante a quantidade de pessoas que quer um emprego. Gente sem iniciativa e que busca estabilidade. Pessoas que estão há meses desempregadas e que reclamam da crise, da falta de experiência, do sistema, da sociedade...
É incrível como as pessoas não entendem que o que as empresas buscam hoje é comportamento alinhado e iniciativa.
As empresas hoje buscam quem faça e não quem engula enlatado e espere cair no colo.
Algumas pessoas foram eliminadas já no anúncio, que informava que buscávamos ambos os sexos. Muitos vieram perguntar se era para homem ou mulher. Já estavam fora.
As pessoas queriam a vaga mas sequer prestaram atenção no anúncio. Triste.
Alguns poderiam dizer que fomos radicais, mas se o que buscamos são pessoas com atitude, definitivamente não se encaixavam.
Outras pessoas nos perguntaram onde era a ACISA – local onde foi feito o processo seletivo.
O candidato que sequer se dispôs a pesquisar no Google onde era, também já estava eliminado.
E por fim tratamos das entrevistas individuais. E nessa etapa mesmo aqueles que não tinham valores alinhados e se entendiam merecedores por alguma qualidade oculta acabaram entregando-se ao falarem um pouco de si.
Ninguém presta? Absolutamente!
Felizmente ainda há bastante gente qualificada no mercado e passamos vários dias conversando com as pessoas.
Há também muita gente boa que não está alinhada ao perfil da empresa ou que não adere a nossa filosofia de trabalho. O que nem de longe é errado, apenas não combina com o perfil requisitado.
Se você está procurando uma oportunidade no mercado de trabalho, esforce-se em mostrar quem você é. Seja sincero. E acima de qualquer coisa, deixe claro do que você é capaz.
No final, fica mesmo quem consegue demonstrar para a empresa que é capaz sim de executar a função e atender a expectativa dos selecionadores. Se exceder então, contratação garantida.

Publicado em: A Tribuna Regional no dia 28.01.2017
@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br

terça-feira, 23 de maio de 2017

Demoníaco dinheiro

Participando do projeto Junior Achievement, que fomenta o empreendedorismo nas escolas, deparei-me com uma crença limitante cultural bastante preocupante.
Os jovens realmente acreditam que ter muito dinheiro e/ou ficar rico necessariamente implique em corromper-se.
Segundo eles, se eu ficar rico serei uma pessoa má. Se gerar emprego, serei opressor. Se atingir o sucesso serei arrogante.
Uma coisa não tem nada a ver com a outra.
Uso sempre nesses casos o exemplo da pedra: "Penso, logo existo".
O que essas pessoas estão dizendo é que pedra não pensa então não existe.
Não é porque pedra não pensa que pedra não existe. Se penso, então existo. Para pensar preciso existir, entretanto posso existir sem pensar.
Então, quero dizer com isso que não preciso ser rico para ser arrogante. Não preciso ter dinheiro para ser corrupto. Posso fazer tanto um quanto outro mesmo não tendo um centavo no bolso.
O que acontece é que as pessoas ascendem ao poder e mostram sua verdadeira essência.
Se você é corrupto, está apenas aguardando uma boa oportunidade para lograr vantagem.
Se você é arrogante, manifestará isso em algum momento.
Entretanto, se você for honesto e isso realmente fizer parte de seus valores, e não de sua situação de vida, podem fazer qualquer oferta, pois será recusada.
Se você for humilde, pode ser o Barack Obama, está na fila da caridade servindo comida. Cumprimentará o piloto do avião e o faxineiro, essas coisas.
Hoje os garis da cidade assustam-se quando os cumprimentamos na rua. Afinal de contas, são invisíveis. Ninguém os percebe e muito menos dedica alguns segundos de atenção.
Sua empresa é grande? Você sabe o nome das pessoas da limpeza? Sabe o nome do porteiro? Do guardinha?
Na verdade dinheiro é um fator amplificador, para tudo.
Se você é corrupto, com dinheiro terá mais chances de praticar. Possivelmente sem ele teria bem menos oportunidades.
Se você é arrogante, com dinheiro espezinhará mais ainda as pessoas que o cercam. Fará questão de afastar-se.
Entretanto se for humilde, nem todo dinheiro do mundo conseguirá fazê-lo pisar em alguém.
Se for honesto, o fato de ser rico não o fará roubar ou entrar na onda.
Quando converso sobre isso, algumas pessoas alegam que não tem como. Que há situações em que não há o que fazer, ou se corrompe, ou se corrompe.
Se isso fosse verdade não existiriam pessoas honestas no mundo, entretanto elas existem e não se corrompem.
Valores não são negociáveis, e um claro exemplo disso é: Se lhe contratarem para espancar até a morte uma criança de três anos de idade, você não o fará. Independente de quanto lhe paguem. (ao menos eu espero que sua resposta seja essa).
Isso prova que sempre há sim uma alternativa que não seja ceder à corrupção.
Ou seja, dinheiro e sucesso apenas ampliam o que já está dentro de você. Seus valores e seu caráter não são moldados pelo seu dinheiro.
Suas atitudes refletem o que você é e como você age com o que colhe da vida.
Portanto, seja feliz e busque sim sucesso profissional e financeiro. Muito sucesso. Isso não lhe tornará uma pessoa má.

Publicado em: A Tribuna Regional no dia 21.01.2017
@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Morrer feliz

O que você pensa sobre seu dia e sua vida quando vai dormir todas as noites?
Ao deitar sua cabeça no travesseiro, já pensou no que aconteceria se não acordasse mais?

Que sensação lhe provoca pensar nisso?

Se a angústia e/ou a tristeza tomam conta da sua mente, reveja urgentemente suas atitudes.
Ultimamente nossos dias na imobiliária têm sido extremamente corridos e intensos. Muitos clientes, uma enorme carteira de imóveis, tecnologias disruptivas, mudanças constantes, nova postura, dinamismo, estudo e treinamento exaustivos e, sobretudo, correria e escassez de tempo.
Ao final do dia estamos todos cansados e acabamos dormindo sem refletir sobre a vida.
Aliás, isso costuma ser a regra para quem leva uma vida agitada, embora não seja exclusividade apenas desse grupo já que pouca gente medita, reflete e planeja.
Minha provocação com esse texto é fazer você se questionar, independentemente de ter uma vida agitada ou calma, se está buscando ativamente a felicidade todos os dias.
O que me preocupa na vida é estar seguro de que o melhor que eu poderia ter feito para ser feliz, esteja acontecendo.
O praxe hoje em dia é as pessoas brigarem com opiniões que não importam, preocupadas com coisas que não são suas, falarem em felicidade e não buscarem isso.
Vejo gente defendendo que liberdade é não focar em dinheiro, não focar em trabalho, focar apenas em dinheiro, trabalhar "workaholicamente", fazer o que gosta, etc.
Defendo que não existe uma fórmula mágica. O que precisa ser considerado é como está sua consciência ao final do dia.
Você está feliz com o que faz? É feliz? Se deixasse de existir hoje, morreria feliz?
E nesse ponto é importante salientar que não significa largar tudo para o alto e querer curtir a vida adoidado.
É sim necessário planejamento de vida e visão a longo prazo.
Se não nos desenvolvermos diariamente para sermos uma pessoa melhor, se não buscarmos definir metas a serem atingidas em um espaço pré-definido pensando no que se quer para o futuro, a chance de sermos felizes e realizados ao final de todo singular dia é bem remota.
Estaremos preocupados com as contas, com o bem estar da família e dos filhos, insatisfeitos com a falta de conforto ou mesmo de condições para viajar e conhecer o mundo, esse tipo de coisa.
Dizer que fez tudo que estava ao seu alcance para ser feliz todos os dias, não é fazer apenas o que gosta e sim dedicar todo seu esforço para atingir seus sonhos, sejam eles financeiros, pessoais ou profissionais.
E nesse contexto, quando você deitar ao final de um dia cansativo e pensar rapidamente em tudo que aconteceu, sabendo que deu mais um passo em direção ao seu sonho e que a jornada que o levará a esse destino é a maior geradora de felicidade em sua vida, você certamente sorrirá e dormirá tranquilo e feliz.
Se não acontecer isso, você certamente está dedicando tempo a coisas que não o levarão a realização e felicidade.
Querer viver 50 anos em 5 lhe trará consequências, e uma delas é uma longa espera na fila do SUS e pouco conforto financeiro na longevidade.
Depois que acabar em um asilo barato por não ter feito tudo que podia todos os dias, não reclame de sua família ou de seus amigos.
O que você planta hoje e todo dia, e apenas o que você planta, é o que colherá.

Publicado em: A Tribuna Regional no dia 14.01.2017
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