Recorrentemente
fico sabendo de alguém que caiu em algum golpe aplicado por
estelionatários. São golpes toscos e que me deixam profundamente
irritado, não por lesar a vítima, mas por terem acreditado em algo tão
ridiculamente burro.
Vamos
pegar como exemplo os velhinhos. Do nada aparece alguém, que sabe de
algum negócio e não pode esperar até a semana que vem para consolidá-lo e
felizmente por um milagre divino está ali ao lado um sujeito que tenha
um pouco de dinheiro, o suficiente, justamente para fechar esse negócio.
Primeiro
que se fosse algo garantido, honesto e sério, essas pessoas pegariam
empréstimo em banco ou mesmo com agiotas, afinal de contas não há o que
errar. Segundo que se esses “velhinhos” realmente acreditassem que isso
estava certo e que não haveria problema algum, eles não teriam motivos
para esconder dos familiares. No entanto todos eles escondem, sacam o
dinheiro, e repassam aos estelionatários à surdina.
E
o pior não é isso. O pior mesmo é que ainda tem a cara de pau de
aparecerem na TV ou em qualquer outro lugar chorando e falando que foram
enganados e enrolados por algum vigarista que se aproveitou da sua
pobre inocência.
Minha
inocência eu perdi antes dos dezoito, será que esses senhores ainda
mantinham as suas incólumes? Ou malandro é o pato que nasceu com os
dedos juntos?
O
que revolta é pensar que esses seres desprovidos de capacidade cognitiva
(e sim, é para ofender mesmo esse bando de ganancioso corrupto)
independente da idade, acham que ganhar dinheiro fácil acontece assim...
Virou Disneylândia agora?
Todo
mundo que toma esse tipo de golpe é apenas porque se acha mais esperto
que os outros, quer dar um jeito de lograr alguém, quer ganhar dinheiro
fácil. Na verdade estão é sendo passados para trás tal e qual imaginam
fazerem no momento do estelionato, e ainda tem a petulância de
reclamarem depois e dar parte na polícia.
Ora
tenha santa paciência! Se eles fossem pessoas honestas, de bem, boa
índole e costumes, isso jamais teria acontecido, pois teriam colocado a
mão em suas consciências e entendido que aquele tipo de negócio proposto
não estava certo e que seguramente acabaria onerando outrem.
Quando
me perguntam se eu sinto pena de quem toma esse tipo de golpe, a minha
resposta é rápida e segura: Independente da idade, posição social, poder
financeiro ou o que quer que seja, torço para que essas pessoas que
querem sempre dar o jeitinho e passar por cima das outras acabem sempre
se dando mal ou tomando o golpe de alguém mais rápido.
Errar
é humano, mas querer lograr o próximo é digno de repúdio. Quem faz a
coisa como tem que ser, não cai nesse tipo de conto do vigário.
Publicado em: A Tribuna Regional no dia 28.09.2013
Editado/corrigido por Josiane Brustolin
@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br