Aconteceu um
fato pitoresco no interior do estado do Rio Grande do Sul.
Coincidentemente foi aqui ao lado de Santo Ângelo.
Duvido muito
que alguém não tenha ficado sabendo visto que houve ampla
divulgação, tanto na mídia local quanto na nacional.
Um servidor
público jovem, ativista e idealista viu que muitos vereadores
estavam sem nenhuma cerimônia infringindo a lei em frente a toda
população.
Veja bem,
não era apenas um vereador, eram vários. Todos fazendo coisas
erradas descaradamente como que afrontando a sociedade dizendo:
“olhem, eu estou acima da lei e faço o que bem entender e ousem
me repreender para verem o que acontece”.
Pois bem,
este rapaz ousou. Começou a tirar fotos denunciando as pequenas
coisas. Atitudes óbvias e visíveis a todos mas que ninguém tinha
coragem de chamar a atenção a público repreendendo os
infratores.
Não bastasse
o fato desses “meliantes” fazerem a coisa errada, ainda se deram
ao trabalho de se ofender quando foram expostos à mídia. E se
isso já não fosse absurdo suficiente, sentiram-se no direito de,
além de infringirem a lei e sentirem-se acima dela, tomarem para
si e de acordo com suas vontades, fazer “justiça” com as
próprias mãos. Ou com o próprio relho.
Agora pense
um pouco comigo, eu faço coisas erradas e se alguém me expõe eu
pego meu relho e surro. Isso é o que? Tempo das cavernas?
O servidor
levou uma surra de relho do vereador por ter postado fotos que
denunciavam as irregularidades dos vereadores.
Como pode
gente assim se eleger?
Em que mundo
estamos vivendo?
Não bastasse
o cara estar completamente errado no ato da infração, também
estava errado ao sair agredindo outra pessoa.
E como se
tudo isso já não fosse suficiente para, no mínimo, prender um
maníaco desses, ele ainda sai dando entrevista em rede nacional
dizendo que o guri estava precisando de uma lição mesmo. Que o
que ele fez foi certo, "onde já se viu sair por aí divulgando na
internet as coisas erradas que os políticos fazem".
Pose
orgulhosa, dando risada debochadamente, peito estufado sabendo
que nada iria acontecer e vendendo a ideia de que o que fez foi
certo e que o rapaz estava errado.
Sério isso?!
Prestem atenção no absurdo que é isso. Pelo amor de Deus, isso é
um ultraje.
Mas tchê,
esse tipo de ser não pode conviver em sociedade. Eu não sei em
que mundo ele vive, mas certamente não é civilizado.
Agora
imagina se todo mundo se achasse no direito de fazer coisas
erradas e quando fosse repreendido, surrar. Voltaríamos a época
dos bárbaros?
Se eu to
armado e um cara desses resolve dar uma de machinho pra cima de
mim, não penso duas vezes e passo fogo no cara. O desaforo dum
loco desses achar que vai sair surrando todo mundo e ninguém vai
reagir.
Será que ele
pensa que todo mundo vai ficar quieto?
Muita gente
me disse: “melhor não escrever sobre isso, vai que esse cara
queira te surrar”. Olha que coisa mais sem cabimento isso.
Então eu não
posso falar a verdade, comentar e dar minha opinião sobre um
fato público por medo do cara que fez todas essas porcarias vir
me bater?
Aliás não
sei porque o servidor deixou isso acontecer. O vereador sabia
onde estava atando o burro. Pega um cara mais estourado já dá um
laço nele de pronto.
Não sei como
ficou a situação do servidor. Não sei se há algum tipo de ação
na justiça. Mas sei que esse cara errou mais vezes do que
poderia para ser perdoado e a sociedade não pode deixar por isso
mesmo.
Gente assim
precisa ser expurgada do convívio social.
Cadeia no
mínimo.
Ou algo
acontece, ou cadeirantes continuarão apanhando de motoristas ao
reclamarem por terem estacionado na vaga e tudo mais que ocorre
nesse sentido.
Publicado em: A Tribuna Regional no dia 12.12.2015
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