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quinta-feira, 31 de março de 2016

Estupro político


Fomos estuprados nos dias 16 e 17 de março de 2016.
Chutaram nosso cachorro, passaram a mão em nossa bunda, cuspiram em nós, bateram em nossa cara, espancaram nossa mãe, atearam fogo na moralidade e com cachaça.
Não tem cabimento o que está acontecendo no Brasil.
As passeatas, camisetas amarelas, vestir preto, panelaços, isso não chega aos ouvidos do Lula e da Dilma.
Tenho certeza que eles não tem a menor ideia do que está acontecendo em Santo Ângelo, uma ilha localizada no noroeste do estado do Rio Grande do Sul.
Entretanto entendo claramente a importância desses levantes populares. Todos os networks são acionados e funcionam como uma onda.
As pessoas aqui em nossa cidade saem para protestar, manifestam sua indignação nas redes sociais, formam opiniões, influenciam conhecidos.
Essa ação invariavelmente respinga na área jurídica, ou seja, OAB, juízes, advogados e todos aqueles que hoje são os únicos que poderiam dar um fim nessa palhaçada toda. Eles começam a entender que precisam dar jeito na coisa.
As classes influenciadoras como proprietários, médicos, empresários e afins também começam a sofrer e manifestar ativamente seu descontentamento, utilizando suas conexões, apoiando a revolta do povo e as decisões judiciais.
O jornal só divulga a manifestação em POA ou em São Paulo porque sabe que isso está acontecendo em POA, em Passo Fundo, em Erexim, Santo Ângelo...
Se não estivesse acontecendo em todo Brasil, nas cidades pequenas inclusive, entenderiam como eventos isolados em capitais e sem representatividade significativa.
Quando o movimento ganha corpo, ganha escala, quando a notícia chega aos salafrários lá em cima, a mídia é OBRIGADA a se manifestar.
Quando o povo reivindica algo, a mídia divulga e tudo estremece, necessariamente os representantes da justiça acabam entendendo a importância de se posicionarem.
Quando toda uma nação está posicionada de forma firme e segura contra corrupção e não a favor de partidos ou ideologias partidárias, ou seja, pró justiça, não há como advogados e juízes irem contra. Eles precisam seguir as leis.
Você pode argumentar que sempre tem como, e de fato, sempre tem. Mas some-se a tudo isso os políticos e a coerção social que todo esse movimento representa.
Sim, os políticos, eles querem votos e o povo não quer mais saber da pujança, então eles articulam para que os juízes façam o que o povo pede e assim se reelejam.
Outra coisa que fica, independente do resultado, é o exemplo para as gerações atuais. Jovens que sabem sobre política, entendem sobre justiça (ou a falta dela), sabem o poder que tem nas mãos, veem a consequência de um péssimo voto.
Ao menos em teoria nossos jovens serão empreendedores, focarão em conhecimento e estudo, serão mais qualificados e mais preparados para o futuro.
A parte boa de tudo isso é, o Lula caindo ou não, mantendo ou não a suspensão desse ministério, os jovens entenderam que PT é do mal e que comunistas continuam comendo criancinhas como ouvíamos quando éramos crianças.
E sabendo disso, revolucionarão nosso país em 10 anos.
Façamos com que todos sempre lembrem desse dia, dessa raça, desse mar de lama de corrupção, do maior escândalo de roubo já registrado na história da humanidade que é o PT no governo roubando do BNDES e da Petrobrás.

Publicado em: A Tribuna Regional no dia 19.03.2016
@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br