Nossa constituição é clara quando o
assunto é a pena de morte e posiciona-se veementemente contra
permitindo-a apenas em épocas de guerra declarada.
Ocorre,
porém, que essa mesma constituição que é ferrenha defensora da vida,
está ultrapassada e precisa de uma atualização urgente.
Basta
levar em consideração que se o bem maior é a vida, e que quando
negligenciamos ou nos omitimos quanto a uma punição mais severa frente a
marginais irrecuperáveis estamos colocando em risco muito mais vidas
que apenas a daqueles que declaradamente reincidirão nos mesmos delitos.
Não
raro tenho o desprazer de ouvir ou ler alguma notícia falando que
determinado criminoso foi preso novamente por, mais uma vez, assassinar
outrem. E o pior não é isso. O mais nojento disso tudo é que essa
escória fala abertamente que voltará a matar assim que for solto.
É
muita incoerência libertar alguém que declaradamente irá novamente
matar, alguém que mesmo preso continua cometendo atrocidades nas
instituições que deveriam, ao menos em teoria, ressocializar e capacitar
essas pessoas para convivência em sociedade.
Eu sei que essas
instituições estão muito aquém do que deveriam e que servem mais para
ensinar os detidos como ser um marginal mais competente do que em
torna-lo um cidadão decente. Esse é um ponto que inegavelmente precisa
ser trabalhado.
Mas enquanto isso não ocorre, soltar esses “elementos” que já estão absolutamente perdidos não é uma opção já há muito tempo.
É
óbvio que inocentes morrerão devido a justiça falha, morosa,
burocrática e burra. Entretanto muitos mais morrem do jeito que está
atualmente.
Quero dizer com isso que a pena de morte na
verdade além de coibir muitos que pensarão bem antes de praticarem atos
nefastos sabendo que não sairão impunes, salvará muito mais vidas do que
ceifará.
O raciocínio é o mesmo. Se deixar um assassino solto desencadeia mortes, então mate o assassino antes e impeça-o de cometê-las.
Enquanto
nossa justiça não funcionar no sentido de limpar os incorrigíveis do
mapa, a sociedade continuará sendo vítima e colecionando baixas, além de
pagar – e pagar caro – para manter estes em instituições que ao invés
de ajudar, só pioram a situação.
Sou a favor da pena de morte e
concordo com a fala do Capitão Nascimento no filme tropa de elite que
diz: “Bandido bom é bandido morto!”.
Por uma constituição adequada a atual realidade brasileira.
Publicado em: A Tribuna Regional no dia 31.08.2013
Editado/corrigido por Josiane Brustolin
@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br
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