Frase de Ana Kemper. Uma das
tantas pessoas que admiro pela competência, esforço, dedicação,
honestidade e seriedade. São exemplos a serem seguidos. Gente que
faz!
Concordo com ela. Precisamos
ser visionários para fazer as coisas acontecerem. Precisamos
enxergar o que outras pessoas não enxergam. Ver anos a frente.
Perceber oportunidades onde outras pessoas veem problemas.
Não é fácil, precisamos
constantemente “evangelizar” os colaboradores, os amigos, os
parentes, o mercado e o que mais for. Também é difícil pisar no
freio e não ficar falando sempre muito do futuro ou as pessoas não
acreditam, não entendem ou não acompanham.
Também é necessário termos os
pés no chão, afinal de contas apenas ser visionário e viver no
futuro não paga as contas e não enche barriga.
Como encontrar a medida certa
nessa complexa equação? Como participar e ser bem sucedido em um
mercado com esse nível de hostilidade?
Investindo em qualificação.
Estudando. Aprendendo. Tentando ser uma pessoa mais capaz e
eficaz.
Aqui cito outro exemplo,
Fabio Schmitt, que um dia me disse: "estudar, estudar e estudar...
esse é o caminho".
Pois bem, aqui estamos nós,
empresários empreendedores, nesse sangrento oceano capitalista
lutando para nos destacarmos e explicitarmos aos nossos clientes o
quão capacitados e qualificados somos.
Mas isso não acontece sem o
auxílio de, se não a principal parte, uma das mais importantes de
qualquer empresa: o capital humano.
Lugar comum entre os gestores
que está cada vez mais difícil encontrar colaboradores eficazes.
Ocorre que as pessoas não
querem estudar. Não querem se qualificar. Querem ganhar mais
porque acham que produzem mais, quando de fato estão fazendo o
feijão com arroz.
Em qualquer negócio, em
qualquer ramo, em qualquer cidade, ofereça treinamento fora do
horário de trabalho e pague apenas 50% para que haja uma
valorização condizente. Depois venha me dizer quantas pessoas
aceitaram a proposta.
Caso a aceitação seja
positiva, observe por quanto tempo e em quantos cursos.
Perceba que estamos afogados
em uma lamacenta cultura assistencialista. Quero ganhar mais mas
não quero me qualificar. Acho que sou bom e mereço ganhar mais,
mas não quero estudar todas as noites durante alguns anos, nem
“perder” finais de semana com a cara enfiada nos livros ou em
treinamentos.
Mas quero ganhar mais porque
sou bom. Meu perfil é excelente e entrego um resultado
diferenciado.
Se seu perfil fosse bom, você
estaria permanentemente se qualificando. Sem qualificação
necessariamente seu resultado não é satisfatório. Pode ser dentre
os piores o menos pior, mas não significa que seja bom.
Mas a empresa não me
valoriza, porque vou me qualificar para trabalhar nela?
Experimente se qualificar para ver se a empresa não vai lhe
reconhecer. E se não o fizer, troque de empresa.
Atualmente no mercado as
pessoas “obsolescem-se “ e não querem ser descartadas, e isso é
paradoxal pois em tudo, nas próprias vidas que ocorre o mesmo,
elas descartam.
Não há esforço e querem ser
reconhecidas. Não há visão ou acompanhamento e exigem participação
no processo decisório.
Quem não se qualifica não
merece trabalhar em empresas qualificadas. Boas empresas demandam
bons profissionais. Excelentes empresas demandam excelentes
profissionais. Empresas medíocres se contentam com os
profissionais que tem. Invista em si, qualifique-se, estude e
valorize seu passe, depois assista alegremente os cifrões entrarem
em sua conta.
Não foi por acaso que quando
assumi a Imobiliária Jaeger troquei 70% das pessoas e também não é
por acaso que hoje mais de 50% dos meus colaboradores está
estudando. Isso diferencia pessoas e posicionamento.
Não há como ser competitivo
com preguiça e má vontade. Ou você acredita e se esforça, ou será
substituído por estar obsoleto.
Publicado em: A Tribuna Regional no dia 22.08.2015
@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br
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