Ladrão não é vítima da sociedade. É um covarde, burro, preguiçoso,
incompetente que confessa seu fracasso mostrando que para
conseguir alguma coisa tem que tomar a força de quem trabalha para
comprar.
Não sei de quem é a autoria nem se é exatamente assim. Mas
asseguro que a ideia é essa.
Essa frase resume bem o pensamento da maioria das pessoas
honestas.
Vejo que políticos cujo caráter eu questiono, (e que não posso
citar o nome por estarmos em época de eleição e a excelentíssima
procuradora de Santo Ângelo proibir mediante ofício que nos
obriga, alegando que poderíamos influenciar o voto) defendem essa
escória afirmando que são uns coitadinhos. Vítimas da sociedade.
Que não tiveram escolha e que todos precisam auxiliar para que
possamos resgatar essas pobres almas que foram forçadas a fazer
todo tipo de atrocidade, não por escolha, mas por não ter
alternativa.
Vejo cadeirantes cortando grama e jardinando, vejo deficientes
mentais e físicos trabalhando e fazendo dinheiro suficiente para
sobreviver, e os políticos ainda têm cara de dizer que essa corja
é vítima da sociedade?
São é vagabundos preguiçosos isso sim.
Roubar é covardia. Os ladrões sempre atacam os fracos e
desprotegidos. Já ouvi pessoas dos direitos humanos (certamente
não dos humanos direitos) alegando que ladrões precisam ser
corajosos, pois arriscam suas vidas para sobreviver e que invadir
casas não é para covardes.
Tem cabimento uma afirmação dessas?
É burro porque não entende que o crime não compensa. Não percebe o
quanto de coisas ruins se retorna com isso. Invariavelmente esse
cara acaba caindo em um círculo vicioso de preguiça e acomodação,
já que é muito mais fácil simplesmente pegar do que conquistar.
Se pensasse um pouco não teria chegado ao ponto de roubar, ou
mesmo não consideraria isso em consideração as pessoas.
Essa facilidade de roubar e não ser preso. A impunidade do Brasil.
São coisas que fomentam a marginalia a manterem-se preguiçosos.
O elemento precisa ser muito fracassado e incompetente para
roubar. Afinal de contas não é que não haja escolha. Ele opta sim,
e escolhe o caminho errado.
E mais, nenhum ladrão rouba e para. Todos roubam e continuam a
fazer até serem pegos de novo e de novo.
O cara que tem as mesmas oportunidades que todo mundo. Mesmas
chances dos desfavorecidos e deficientes, inclusive, e escolhe
arrancar a força de quem se esforça e trabalha, merece no mínimo
uma punição física severa.
Então você pode alegar que os assaltantes de carro forte e de
bancos não são burros. Tratam disso como profissão.
É verdade. São "profissionais" e qualificados. Mas ainda assim
seguem a lei do menor esforço. Do dinheiro fácil.
E invariavelmente o que ocorre é a oneração de toda uma sociedade,
pois esse dinheiro é tomado por quem não gera valor. Mais ou menos
como acontece com o governo quando imprime mais notas que tem
lastro.
Então não me venha com essa de que ladrão é vítima porque não é.
Vítima são as pessoas assaltadas por esses marginais que, sem
meias palavras, não deveriam viver.
Vítimas somos todos os que sofremos há anos nas mãos desses
marginais.
Publicado em: A Tribuna Regional no dia 24.09.2016
@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br
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