Ultimamente a
mídia tem se
esforçado em convencer suas audiências de que o Brasil está
lendo mais.
Honestamente, acho que isso é mais uma vez a tal da estatística
mascarando
verdades.
Eles alegam que a
venda de livros
aumentou. Isso é ululante, se a população aumenta e o percentual
de pessoas que
lê permanece, a quantidade absoluta aumenta. Mas as pessoas e a
mídia atêm-se
apenas aos valores absolutos e afirmam falaciosamente que a
nação está lendo
mais.
Usam também como
subsidio
embasatório a quantidade de livros vendida. Comprar não
significa ler! Posso
presentear qualquer pessoa, e não significa que irá sequer
retirar da
embalagem.
A prova que a
população não lê
está no vocabulário. E olha que estamos no Rio Grande do sul, um
estado que
juntamente com o sudeste está entre os com nível cultural mais
elevado. Ainda
assim é assustadoramente quase impossível encontrar alguém que
saiba falar
corretamente.
Vou um pouco mais
fundo nessa
análise. Experimente falar corretamente e veja a cara que as
pessoas lhe olham.
Não é força de expressão, elas lhe repreendem com o olhar –
quando não com
palavras – ao ouvirem um “tu vais até a esquina e pegas a
primeira à direita”.
Ainda lhe
respondem com algo do
tipo: “Não seje tão formal cara, cada dia tem menas
pessoas se preocupanu
com isso, elas podem até tá meia errada e
acredito que tejem,
mas precisemo
relaxar”.
Não é necessário
ir muito longe
para ouvir qualquer das palavras erradas supracitadas. Ou se
adapta e mistura
um “tu” (segunda pessoa do singular) com a conjugação do “você”
(terceira
pessoa do singular), ou lhe chamarão de metido, cheio,
arrogante...
Se as pessoas
lessem,
necessariamente, seus vocabulários seriam melhores, assim como
sua capacidade
de interpretação, concentração e principalmente criatividade,
visto que quando
se lê algo, conforme vai seguindo a linha de raciocínio do
autor, imagina todo
aquele universo em sua mente.
A leitura
acrescenta nossa
capacidade de raciocínio e comunicação de uma forma tão ampla e
positiva que
chega a ser difícil a convivência com pessoas que não a
praticam. Aqueles que
preferem esperar o filme sair por preguiça de ler, jamais serão
equiparados aos
devoradores de páginas.
Não é por acaso
que pessoas bem
sucedidas tenham o hábito da leitura, uma coisa puxa a outra.
Tive a felicidade
de conviver com
algumas pessoas que eram praticamente traças ambulantes e a
maneira como se
expressavam a respeito de qualquer coisa era fascinante. Desde a
referência a
respeito de uma temperatura climática até dicas gastronômicas de
como se faz
uma batata frita.
Qualquer conversa
fica mais
interessante com quem tem o hábito da leitura. Leia mais e
preencha sua mente
com conteúdo interessante e útil.
Publicado em: A Tribuna Regional no dia 25.01.2014
Corrigido por Josiane Brustolin
@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br
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