Via de
regra, a população fica no
que considera seguro. Não trocam de relacionamento, nem de
emprego, tampouco de
atitude.
Experimentar
comidas novas já não
é um hábito fácil de encontrar. Marcas, mercados, tecnologias,
posturas e
comportamentos novos, não são confrontados.
Eu, que
costumo apostar em coisas
que muita gente não teria coragem, quando observo gente morna
que só sabe ir do
ponto A ao ponto E por uma linha segura e reta, absoluta e
confortavelmente
dentro de uma zona de conforto, sinto comichões.
Estamos
na era da inovação e
ainda assim, risivelmente, os humanos conseguiram encontrar uma
forma de
acompanha-la seguindo em linha reta até o ponto E.
Não há
como colocar na cabeça
dessas criaturas o quanto se aprende passando por B, C e D antes
de chegar ao objetivo.
Claro que pode parecer mais longo, e certamente será mais
difícil, mas valerá a
pena. Depois de experimentar o brilho do caminho alternativo, a
primeira reação
é arrepender-se do tempo perdido indo pela maneira mais fácil.
Vou
explicar como acontece: uma
pessoa passa anos e anos fazendo sempre as mesmas coisas, da
mesma forma, e
tudo bem. Se ela é absoluta e completamente feliz, então ok. Eu
apoio. Mas, se
ela reclama de algo que não acontece, eu pergunto: como pode
querer que algo
diferente aconteça se nada diferente é feito?
É
irracional querer que as coisas
aconteçam por mágica. Depois alguém com entusiasmo, otimismo,
atitude e coragem
resolve se permitir passar pelo ponto B, experimentar-se no
ponto C e arriscar-se
no ponto D, e chega ao ponto E com muito mais bagagem. E isto
inclui
necessariamente felicidade e satisfação, e as pessoas perguntam:
como pode
conseguir algo assim?
Um muro
imaginário é construído
ao redor deste ser para proporcionar “segurança”. E isso o
impede de ousar,
experimentar e se desafiar. E quem não se desafia não se
transforma.
Esforço-me
diariamente para
instigar pessoas a quebrarem esse muro, romperem as amarras da
conveniência e
finalmente aproveitar as maravilhosas experiências que uma vida,
quando
intensamente gozada, propicia.
Por
argumentos é praticamente
impossível. Normalmente é necessário outro tipo de subsídio como
tesão, medo,
paixão, desespero, decepção... Desconheço algum humano que tenha
feito esse
caminho diferenciado sem um impulsionador forte como estes.
Felizmente
vivo apaixonado, então
estou sempre ousando pelas bandas do desconhecido. Os momentos
mais marcantes
de minha vida certamente foram os quais me arrisquei. Não tem
preço!
Mas
essas pessoas acomodadas,
mornas, precisam de mais gente como eu colocando pressão até não
aguentarem
mais e serem atiradas aos leões, aí então, enfrentando o animal
selvagem de
frente, lutando pela sobrevivência, sairão triunfantes da
sangrenta batalha.
Mais experientes, com muita adrenalina no sangue, mais seguros e
finalmente
prontos para serem atirados a outras batalhas e cada vez mais
aproveitando com
entusiasmo todo e qualquer momento da vida.
“Arrisque-se!
Toda vida é um
risco. O homem que vai mais longe é geralmente aquele que está
disposto a fazer
e a ousar. O barco da 'segurança' nunca vai muito além da
margem.”
Dale
Carnegie
Publicado em: A Tribuna Regional no dia 14.06.2014
Revisado por Josiane Brustolin
@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br
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