Navegando em águas facebookianas deparei-me com alguma campanha de doação de órgãos. Não novamente, mas ainda. Campanhas de doações de órgãos não deveriam sequer existir.
Como pode em épocas de globalização, onde a informação é de absurdo fácil acesso, ainda termos pessoas com esse tipo de preconceito bufo? Faz lembrar-me da época em que fui tentar aplicar um trote solidário na faculdade com doação de sangue e os humanos não quiseram alegando que alguém poderia pegar uma doença qualquer.
É revoltante saber que a mesma pessoa que se diz não doadora de órgãos e que espalha para todos e multiplica crendices estúpidas quanto a retirada precoce de órgãos ou qualquer outro boato, na hora que precisam, são os primeiros a fazerem cara de cachorro pidão que caiu da mudança e reclamarem da burocracia, da demora, e os que mais consideram-se com direito a receberem transplante.

Assim as pessoas que não doam, jamais poderão receber órgãos caso um dia precisem. Fica registrado onde for preciso que essa pessoa não era doadora e que, consequentemente, não poderá ser receptora agora que precisa.
Fazendo assim, todos acabariam virando doadores, as doações aumentariam significativamente e pessoas que não são doadores, nem entrariam para a fila de espera, permitindo que aqueles que se propuseram a um dia doar seus próprios órgãos, receber.
Fica aqui minha campanha, quem não é doador, não merece ser receptor. Ainda que ilegal, se o jeitinho brasileiro existe para esses casos, então que privilegie os que sempre se propuseram. Fica a dica para as pessoas da área da saúde que puderem fazer algo a respeito.
Não tenho parentes ou amigos próximos precisando de doação, mas sou doador e toda minha família sabe. Doem tudo que puderem de mim. Espero que vocês façam o mesmo.
Publicado em: A Tribuna Regional no dia 02.03.2013
Editado/corrigido por @AnaLeticiaSilva
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