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quarta-feira, 4 de julho de 2012

100% orgulho branco


Pois é. Aqui estou eu novamente falando algo que muitos pensam, mas que poucos tem coragem. Tenho essa ideia fixa na cabeça faz tempo e quem sabe um dia isso seja possível.Reza a lenda que o branco não sofre racismo no Brasil e em boa parte do mundo. Primeiro vamos quebrar essa falácia. Em Angola, o branco é o discriminado. Na China, tanto o branco quanto o negro são discriminados, já que o que impera é a preferência aos amarelos. Já escrevi em um texto anterior sobre a discriminação contra as minorias brancas e masculinas, vide endereço no final. Ou seja, a coisa não é bem assim como tentam nos convencer.
Defendo, já desde adolescente, o meu direito de igualdade, meu direito de liberdade. Por que eu não posso chamar um negro de negro? Caso o faça, posso ser processado por discriminação, e detalhe, é um crime inafiançável e imprescritível, mas isso não é o pior. O pior mesmo é que a justiça é revoltantemente tendenciosa pró-negros. Ou o que acham que ocorreria caso eu entrasse judicialmente contra um negro que me chamou de branco, da maneira mais pejorativa que poderia ocorrer? Mesmo que ele falasse e cuspisse, com cara de nojo, pensando que estaria conquistando uma agressão, eu não me ofenderia, não moveria uma ação, sequer me dignaria a retribuir a "ofensa" com um "negro" também ofensivo. O motivo? É obvio! Não me ofendo por me chamarem de branco. Não tenho preconceitos quanto a minha condição.
É mais ou menos como chamarem um machista de macho, homem com H; ou uma vaidosa de bonita. Agora, se chamar um negro de negro, em alguns locais, mesmo que de maneira suave, haverá alguma represália.
A defesa dos historiadores está na historia do pobre negro que desembarcou no Brasil como escravo e blá, blá, blá. Sim, eu li tudo isso, assisti essa aula de mais de um historiador, pesquisei sobre o assunto e me aprofundei bastante para que eu pudesse entender e ter como falar a respeito com propriedade. E digo, categoricamente, o negro é sim discriminado no Brasil. E muito. Todos os dias, quase o tempo inteiro. Mas vou mais longe, ele não é discriminado hoje, pelas desgraças históricas dos negreiros. Definitivamente não. O negro é discriminado hoje pelas próprias atitudes.
Quantas vezes já ouvi negros dizerem, principalmente no trabalho: "ah, isso é porque eu sou negro", ou "só brinca assim comigo porque eu sou negro" ou "ganho pouco porque sou negro". Qualquer desculpa para incompetência e vagabundagem tem uma sustentação no "coitadismo" da cor.
O negro tem preconceito com a própria cor, ou então não se ofenderia quando o chamassem de negro. Ora afrodescendente. Então os brancos agora deveriam ser também ítalo-germano-descendentes? Eu não me ofendo nem quando me chamam de desbotado, lavado, papel, Gasparzinho, alemão batata, chucrute etc. Honestamente? Divirto-me.
Tenho um concunhado que é negro, o apelido dele é Negão; todos o chamam assim, carinhosamente e, obviamente, ele não se ofende. Ele disse que quase nunca sofreu preconceitos na vida. Agora, o que ele faz de diferente? Ele não joga a culpa nos outros, ele trabalha, ele estuda, ele é responsável e competente. Pronto, agindo como um competente, naturalmente o sucesso vem.
Então concluindo, gostaria de saber qual a reação das pessoas quando eu exteriorizar meu orgulho em ser branco, por me aceitar como sou, por gostar da minha cor, por acreditar que minha cor pode ser aceita por todos igualmente, assim como os de outras cores também deveriam fazê-lo. Assim como existem gremistas e colorados que saem fardados na rua expressando o que gostam - e que não significa que odeiem os outros ou que precisem ser espancados, indiciados, punidos... - gostaria de saber o que aconteceria se eu andasse com uma camiseta escrita 100% orgulho branco.
Ai que horror! Nossa que afronta. Quanto racismo, quanta ignorância. Que agressão mais despropositada. E certamente, e isso eu aposto com quem quer que seja, se eu sair com essa camiseta arranjarei briga. E possivelmente serei processado e penalizado de alguma forma, já que, como mencionei anteriormente a justiça é tendenciosa.
Acho que o negro precisa urgentemente parar de se sentir discriminado quando de fato não está. Ou começamos a frear isso, ou em bem pouco tempo estaremos chamando nega maluca de afrodescendente maluca, ou melhor, nem maluca pode, é afrodescendente com necessidades especiais. Falando nisso, vou comer uma afrodescendente com necessidades especiais coberta com creme ítalo-germano-descendente.

http://rodrigozucco.blogspot.com.br/2012/02/abaixo-discriminacao.html



Publicado em: A Tribuna Regional no dia 12.05.2012
Editado/corrigido/pitaquiado por: Thiago Severgnini de Sousa
Escrito por:  @rjzucco