Pesquisar este blog

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Testes em Animais





Recentemente voltou à mídia o assunto de testes em animais. Os ativistas estão revoltados, reclamando alguma ação da justiça quanto ao que eles consideram uma afronta aos direitos dos animais.
Honestamente, não consigo entender essas pessoas. Fico pensando sempre, será que elas preferiam ter um feto mal formado? Ou ingerir algum tipo de agrotóxico cancerígeno? Será mesmo que essas pessoas não entendem o que significa “in vitro”?
Essas doenças que só são observadas em seres vivos, precisam de, pasmem, um ser vivo. Eu defendo a ideia de que se os tais ativistas não querem que os pobres coitados bichinhos sejam torturados, então se coloquem como candidatos. É o mínimo que eu espero, pois não pretendo desenvolver algum tipo de câncer ou alergia porque um bando de ativistas não deixou testar algum remédio em uns bichos quaisquer.
Já fui mais indignado e desejei que as mulheres ativistas ou as cônjuges destes engravidassem e tivessem má formação fetal por algo que não pode ser testado em algum animal. Hoje não desejo isso. Apenas quero que se calem ou que se candidatem aos seus lugares.
Será que os pesquisadores são todos uns desalmados e não pensam nos bichos? Será que eles sentem-se bem com isso? Ou quem sabe apenas preocupam-se mais com as pessoas do que com os animais?
Como verificar a carcinogenecidade, toxicidade por dose repetida e sensibilidade cutânea sem fazê-lo em organismos vivos?
Ainda algumas substâncias, mesmo depois de testadas em animais, foram lançadas no mercado e provocaram muitos tipos de reações negativas. Imagina se não o tivessem feito?
Eu não suporto gatos, e por mim poderiam usá-los para todo e qualquer tipo de teste, ao menos assim serviriam para alguma coisa. No entanto entendo que estou na contramão do mundo pet e desse sensibilizacionismo obtuso tão em voga.
Acho que as pessoas deveriam preocupar-se mais em serem pessoas melhores, mais com os outros e menos com quem tenta fazer algo bom mesmo que por um caminho que elas não concordem ou não compreendam. Quem sabe conversando um pouco com as mais religiosas e aceitando alguns ditados como “certo por linhas tortas” ou “fim pelos meios”.
Viva o teste em animais! Que sempre exista enquanto não houver outra forma. Ainda bem que alguns humanos entendem sua necessidade e importância.
In vitro: simulação de processos biológicos fora de um organismo vivo.
“A carcinogenicidade é um processo com vários passos e vários mecanismos envolvendo eventos genotóxicos (mutações), alteração na expressão de genes a nível transcripcional, translacional e pos-translacional (eventos epigenéticos) e alteração da sobrevivência das células (proliferação e apoptose). O processo carcinogénico é frequentemente dividido em três passos: iniciação, promoção e progressão.”


Publicado em: A Tribuna Regional no dia 31.10.2013

Editado/corrigido por Josiane Brustolin
@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br