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quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Ajuda aos pobres



Políticos, sociólogos, esquerdistas, economistas, anarquistas, petistas, sindicalistas e até mesmo vagabundos de plantão e bêbados de bar tem uma solução própria e infalível para resolver o problema da pobreza.

Perceba, via de regra todos os supracitados veem os pobres como coitados. Como seres desprovidos de... “sorte?!”.
A sociedade, de uma maneira geral, os trata como incapazes de buscarem as coisas por si.
Isso ocorre sobretudo pelos que não acreditam no modelo de recompensa meritocrático. (E aqui não entrarei no mérito de que quem não concorda é porque não estudou direito o conceito de geração de valor)
Para esses, os pobres são vítimas do sistema. Gente que mesmo que se esforce muito não tem condições de mudar de situação.
Pois mais uma vez reforço, isso não é verdade.
Todos os pobres que tenham verdadeira força de vontade tem sim condições de mudarem de vida econômico-financeira.
Então muitos me perguntam: Não devemos ajudá-los?
Podemos, não precisamos e eu não acredito que devamos. Ao menos não no modelo atrofiante que praticamos hoje.
Nossa realidade implica em dar esmolas aos pobres para que “consigam sobreviver”. Quem faz isso acredita estar ajudando quando na verdade está atrofiando. Quando o pobre não recebe esse tipo de esmola, ele aprende a buscar os recursos por si.
Nos debates, me dizem que se a esmola não for dada, o pobre morrerá de fome.
Se o cara tem condições de trabalhar e gerar sua própria renda, então porque precisamos ficar brincando de ONG?
Se, tendo condições, morrer de fome, então que morra mesmo. Porque poder fazer e não querer a ponto de passar necessidade, tem mesmo é que sumir do mundo. É o cúmulo da preguiça e vitimismo.
Se ele não tem condições, além de pobre é incapaz e inválido; e exceção eu não trato nesse texto.
Então não devemos fazer nada para ajudar os pobres?

Devemos sim.

Devemos fazer o que de melhor qualquer pessoa pode fazer. Evitar se tornar um deles.
Ajudemos os pobres empreendendo, gerando riqueza, criando empregos e gerando valor. Fazendo a nossa parte e aquecendo a economia.
Dizer que precisamos ajudá-los por esse ou aquele motivo é um pensamento assistencialista e só serve para políticos que buscam votos ou qualquer outro tipo de candidato que quer manter essas pessoas permanentemente dependentes de alguma forma de controle.
De resto, precisamos cuidar de nossa vida, fazendo nossa parte e garantindo que o que fazemos gere resultado no mundo em que vivemos de forma a respingar positivamente nas pessoas que não tem condições e torcer para que elas tenham a força de vontade necessária para mudar de status.
Caso a vontade delas seja menor que a preguiça, então só me resta lamentar.
Não somos obrigados a sustentar ninguém e principalmente não devemos nem sustentar nem ajudar de qualquer forma que seja quem não está disposto a fazer sua parte, quem não se ajuda.
Quer realmente ajudar os pobres? Evite tornar-se um deles.

Publicado em: A Tribuna Regional no dia 10.09.2016
@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br

terça-feira, 22 de novembro de 2016

Família são coisas privadas



Vejo muita gente trazer a família ao assunto do trabalho e querendo misturar as coisas como forma de justificar o não fazimento de algo ou uma entrega ineficiente.
Pessoas que não se qualificam, não estudam, não se dedicam, não fazem o algo mais com a desculpa de que a família é o mais importante e que isso não é negociável.
O que elas não entendem é que a família nunca competiu com o trabalho, bem como o inverso também é verdadeiro.
Trazer o assunto família ao trabalho é tão ultrajante quanto falar sobre intimidades sexuais de seu matrimônio. Simplesmente não tem razão ou sentido algum.
A família está em uma esfera, e o trabalho em outra. E elas só se fundem no espaço do indivíduo que é membro de ambas.
É habitual ouvirmos comentar que a família é mais importante, por isso não me dedico como poderia ao trabalho.
Quem faz isso normalmente dá atenção para família no trabalho mas não o inverso. E com isso sua competência e eficiência profissional acabam sendo comprometidas.
Ter família é lindo, mágico, maravilhoso e incomparável. Precisa ser tratado com o devido respeito e zelo. O que não pode ocorrer é tratar de sua profissão como algo que não é importante.
O fato de em minha cabeça a família estar em primeiro lugar não me dá o direito de enquanto estou no trabalho colocá-lo em segundo plano.
A família é uma coisa. É privada. É particular e está fora da empresa.
O trabalho é outra. É o sustento. É profissional.
Colocar a família em uma negociação profissional como limitador de oportunidade ou de qualificação é imaturidade.
Conheço pessoas que recusaram fantásticas oportunidades de colocação profissional pois iam ficar longe da mãe, ou porque o pai estava já em idade avançada, ou mesmo porque seu filho estava na escola e trocar no meio do ano não é legal.
O mundo não é assim. Talvez fosse no passado, mas hoje quem não se adapta, atrofia e castra.
Se uma mãe declina propostas pois o filho não gosta dos EUA, ela está, invariavelmente, misturando as coisas e se atrofiando profissionalmente.
Você pode alegar que ela pode conseguir algo tão bom quanto em outro lugar sem abrir mão da família.
Como supracitado, não é uma competição. O fato é que mais uma oportunidade foi perdida e quando isto ocorre o profissional mais uma vez foi amputado.
Passamos a maior parte de nossas vidas no trabalho. A segunda maior parte, dormindo. E a terceira dividimos entre todo o resto, incluindo família.
Pode sim ser conciliado. Aliás, deve ser conciliado. Sob pena de frustração profissional. Imaginou passar a maior parte do tempo de sua vida frustrado?
Levar esses valores privados de família para os negócios só é bom em um ou outro aspecto. Na maior parte do tempo devemos saber separar.
Se enquanto trabalho estou pensando que aquilo não é tão importante quanto algo, invariavelmente meu cérebro entende que pode ser relapso.
A grande questão é que quem quer ser um grande e bom profissional. Realmente qualificado e competente. Não usa a família como desculpa para procrastinação.
Simplesmente encontra uma maneira de fazer acontecer.
Veja os maiores profissionais do mundo. Possuem família. Convivem tanto com seus filhos que conseguem multiplicar seus valores.
Não competem com a família e entendem que não há como crescer e sair da linha da mediocridade pensando coitadistamente.
Deixo aqui uma reflexão a todos que querem ser ricos, viver bem, morar bem, viajar o mundo e proporcionar muitas coisas para família: Se quer o mundo e pretende ter o que muitos não tem, é necessário fazer o que os outros não fazem. E isso é saber separar o pessoal do profissional. É saber correr atrás do que realmente importa para quem quer sucesso.

Se o objetivo é o sucesso, pare de usar a família como bengala ou desculpa. Tenha a hombridade de fazer o seu melhor independente de mimimis.


Publicado em: A Tribuna Regional no dia 03.09.2016
@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br