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quarta-feira, 19 de junho de 2013

Forçando o cérebro a aprender

Sabe quando a gente está na aula e odeia a matéria? Sabe quando um professor explica tudo igualzinho e um aluno aprende e outro não? Sabe por que isso acontece?
Funciona assim: Nosso cérebro é composto de duas partes, uma racional e uma emocional. A parte racional é responsável por cognizar a parte lógica de tudo, e consequentemente responsável também por “armazenar o que precisa ser esquecido”.
Esta parte do que precisa ser esquecido pode ser considerada como uma lixeira do cérebro, pois não podemos carregar com a mesma intensidade as lembranças boas e ruins. Nenhum humano aguentaria este fardo. Exemplos clássicos são: Quando nos cortamos, sentimos dor. Quando lembramos do corte posteriormente, não a sentimos simplesmente por lembrar. Agora, quando vivenciamos um momento de felicidade, sorrimos e ficamos alegres. Quando nos lembramos disso tempos depois, sentimos a mesma alegria e felicidade. A parte que carrega emoção fica guardada no lugar do cérebro responsável por lembrar/reter/salvar.
Exemplificando mais claramente. Pense em um momento de sua vida realmente ruim. Péssimo. Traumático. Daqueles que você gostaria de ter apagado da memória e que é pesaroso até lembrar. Pensou? Congele essa imagem na cabeça! Agora pense em um momento fantástico. Sensacional. Daqueles que sempre quando lembra um sorriso brota involuntariamente em seu rosto. Pensou? Congele essa imagem.
Coloque ambas as imagens lado a lado em uma tela imaginária em sua mente. Analise-as como se estivesse em uma exposição de obras de arte e responda: Qual das duas é mais colorida? Em qual das duas consegue lembrar-se dos detalhes das roupas? Qual delas tem cheiro? Se pudesse atribuir temperatura, qual delas seria quente e qual seria fria?
Essas respostas apenas evidenciam que a parte emocional consegue guardar as informações com muito mais qualidade, a observar os detalhes como cheiro, cores, gostos, temperaturas, etc.
Então fica claro que uma parte do cérebro armazena mais e melhor as informações. Sendo assim, pessoas que sabem como acessar esse canal diretamente, gravam muito mais as coisas e possuem uma memória melhor
Sendo assim,  como forçar o cérebro a colocar as informações na parte emocional? Aqui vem a grande dica: Existe uma boa quantidade de técnicas que nos permitem fazê-lo. Citarei superficialmente algumas coisas.
Visualização – Pessoas visuais (homens tendem a ser visuais) precisam ver para gravar. Se você estiver em uma aula de línguas, por exemplo, tapar os olhos e só ouvir, terá que repetir inúmeras vezes mais para gravar algo que levaria uma ou duas vezes visualizando. Mas apenas ver não basta. Este é o canal de entrada de uma pessoa visual, além de ver, é necessário forçar o cérebro a guardar no lado emocional. Para isso deve-se utilizar cores, destacar, visualizar mentalmente, imaginar, fazer o cérebro criar a representação visual do que se está querendo gravar. Precisa gravar o número de um celular? Visualize-o inteiro e colorido em uma tela branca. Pode ser na cor amarelo (embora não precise) que significa atenção. Fazer resumos bem coloridos também da um excelente retorno.
Mas este é apenas um dos canais, possuímos muitos outros. Entre os principais além do visual estão o auditivo e o sinestésico. Normalmente as pessoas são auditivas e mais alguma coisa, como auditivo e visual, auditivo e sinestésico ou auditivo e olfativo, etc.
Auditivo – Pessoas auditivas precisam ouvir para aprender. São aqueles que gostam de audiolivros, que preferem ouvir o professor a prestar atenção no que ele escreve ou copiar a matéria. São os que leem em voz alta para assimilar. Essas pessoas precisam ouvir. Gravar as aulas e escutar em casa, comprar um gravador e ler a matéria em voz alta para depois reproduzir.
Sinestésico – é aquela pessoa que enquanto está prestando atenção na aula está batendo o pé, balançando a perna, batendo com a caneta em algum lugar. Se você chegar nesse tipo de gente e segurar a caneta impedindo-a de bater, ela não conseguirá mais prestar atenção. É como se o fato de não batê-la fizesse o motor do armazenamento parar. Essas pessoas precisam copiar a matéria, fazer rascunhos, escrever muitas vezes.
Bom, isso é só uma introdução, bem superficial, desse mundo. Qualquer pesquisa básica na internet traz bastante conteúdo específico e aprofundado sobre o que mais lhe interessou. Agora já sabe que há como gravar rapidamente as informações, então sugiro descobrir qual seu tipo e focar. Há testes em abundância em sites do gênero. Otimize seu tempo. Aprenda uma nova técnica por semana, em pouco tempo estará aprendendo com muito mais qualidade.


Publicado em: A Tribuna Regional no dia 25.05.2013 
Editado/corrigido por Ana Leticia Silva
@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br