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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Malefícios da saúde

Um assunto que há muito quero trazer à pauta e que agora não pode mais esperar é a saúde pública. Sempre reclamei e ouço muitos também o fazerem, quanto ao péssimo serviço oferecido ou até a ausência deste.
Tenho dois pontos principais a observar referente a isso. O primeiro é o de que em todos os lugares há máfias de médicos impedindo a entrada de outros profissionais “concorrentes” nesse “mercado”. A exemplo de cidades do interior onde há apenas um especialista em cada área ou às vezes nem isso, como neuro, por exemplo.

Há um esforço político desleal, expulsando novos médicos dos já consolidados mercados a fim de manter a soberania de antigos e muitas vezes desatualizados profissionais.
Isso faz com que certas regiões não tenham a devida assistência especializada, e a culpa aqui não é de ninguém além da própria classe médica que na hora da pressão política, exume-se de qualquer responsabilidade. (Nesse texto nem vou entrar no mérito da máfia dos planos de saúde e do protecionismo municipal junto aos daqui).
E o pior é que esses “profissionais”, quando trabalham pelo governo, mal dão atenção aos pacientes. Se precisam atender seis horas, com uma consulta a cada 25 minutos, recebem as pessoas, mal avaliam, receitam qualquer coisa sem perscrutar condizentemente, e mandam embora em menos de 5 minutos. Ficam apenas uma hora, “atendem” os 24 pacientes a que são obrigados e voltam aos seus consultórios.
Conseguir um diagnóstico certeiro é uma dificuldade hercúlea. Não há como saber o que um doente tem sem sequer pedir exames. O descaso dessa classe com o povo é revoltante. A julgar por um dos meus irmãos que debateu-se de médico em médico com exame nenhum e diagnósticos superficiais. Hoje ele não está mais entre nós, pois quando encontrou um competente, era tarde. (abraço ao onco da família) Até ameaças os novos médicos sofrem quando tentam trabalhar numa nova cidade.
O segundo ponto é a falta de estrutura para que os profissionais trabalhem. A concentração de médicos é maior em grandes centros principalmente por haverem condições adequadas de trabalho, centros clínicos com aparelhagem de ponta, diagnósticos rápidos, precisos e principalmente confiáveis.
Não adianta termos milhares de médicos para atender se não há leito suficiente ou mesmo hospitais.
É incoerente querer que alguém que estuda tanto tempo e a altos custos (mesmo no ensino federal, pois a literatura é cara) tenha que trabalhar em péssimas condições, com limitações desesperadoras, não podendo salvar vidas que com um pouco mais de infraestrutura seria fácil.
Um médico super especializado e experiente que se sujeite a ir para o norte, por exemplo, sequer tem uma radiografia decente, quiçá exames mais complexos. Sendo que estes são extremamente necessários.
Seria como pedir para um especialista em edição de vídeos trabalhar com um computador de tela verde sem espaço em disco, sem placa de vídeo e sem memória.
Só que trazer profissionais de fora não justifica, definitivamente, que algo vá melhorar. Precisa é haver investimento em equipamentos e afins.
E mais, trazer gente de fora sem precisar de prova que comprove competência, condições e conhecimento, no mínimo pretere os nossos.
Isso tudo é um artifício populista que serve apenas para angariar votos.
Não resolve o problema. Tapa o sol com a peneira. Engana os ignorantes.
Falta uma eficaz administração com o dinheiro público.
Os médicos que realmente querem ajudar e curar, que não são meros mercenários e aproveitadores, lamentam esse tipo de decisão.
Sei que a abordagem é generalista, mas o assunto tem muitas nuances e é impossível abordar todos os aspectos em apenas um texto. Não sou contra médico ganhar bem, e acho um absurdo o governo pagar R$ 9,00 por consulta do SUS aos médicos. Reforço, investimento em hospitais e infra é o que mais precisa.
Acho que esse horror de subsídio a Cuba já passou dos limites e o povo precisa dar um basta. Chega de ser explorado!
Um assunto que há muito quero trazer à pauta e que agora não pode mais esperar é a saúde pública. Sempre reclamei e ouço muitos também o fazerem, quanto ao péssimo serviço oferecido ou até a ausência deste.
Tenho dois pontos principais a observar referente a isso. O primeiro é o de que em todos os lugares há máfias de médicos impedindo a entrada de outros profissionais “concorrentes” nesse “mercado”. A exemplo de cidades do interior onde há apenas um especialista em cada área ou às vezes nem isso, como neuro, por exemplo.
Há um esforço político desleal, expulsando novos médicos dos já consolidados mercados a fim de manter a soberania de antigos e muitas vezes desatualizados profissionais.
Isso faz com que certas regiões não tenham a devida assistência especializada, e a culpa aqui não é de ninguém além da própria classe médica que na hora da pressão política, exume-se de qualquer responsabilidade. (Nesse texto nem vou entrar no mérito da máfia dos planos de saúde e do protecionismo municipal junto aos daqui).
E o pior é que esses “profissionais”, quando trabalham pelo governo, mal dão atenção aos pacientes. Se precisam atender seis horas, com uma consulta a cada 25 minutos, recebem as pessoas, mal avaliam, receitam qualquer coisa sem perscrutar condizentemente, e mandam embora em menos de 5 minutos. Ficam apenas uma hora, “atendem” os 24 pacientes a que são obrigados e voltam aos seus consultórios.
Conseguir um diagnóstico certeiro é uma dificuldade hercúlea. Não há como saber o que um doente tem sem sequer pedir exames. O descaso dessa classe com o povo é revoltante. A julgar por um dos meus irmãos que debateu-se de médico em médico com exame nenhum e diagnósticos superficiais. Hoje ele não está mais entre nós, pois quando encontrou um competente, era tarde. (abraço ao onco da família) Até ameaças os novos médicos sofrem quando tentam trabalhar numa nova cidade.
O segundo ponto é a falta de estrutura para que os profissionais trabalhem. A concentração de médicos é maior em grandes centros principalmente por haverem condições adequadas de trabalho, centros clínicos com aparelhagem de ponta, diagnósticos rápidos, precisos e principalmente confiáveis.
Não adianta termos milhares de médicos para atender se não há leito suficiente ou mesmo hospitais.
É incoerente querer que alguém que estuda tanto tempo e a altos custos (mesmo no ensino federal, pois a literatura é cara) tenha que trabalhar em péssimas condições, com limitações desesperadoras, não podendo salvar vidas que com um pouco mais de infraestrutura seria fácil.
Um médico super especializado e experiente que se sujeite a ir para o norte, por exemplo, sequer tem uma radiografia decente, quiçá exames mais complexos. Sendo que estes são extremamente necessários.
Seria como pedir para um especialista em edição de vídeos trabalhar com um computador de tela verde sem espaço em disco, sem placa de vídeo e sem memória.
Só que trazer profissionais de fora não justifica, definitivamente, que algo vá melhorar. Precisa é haver investimento em equipamentos e afins.
E mais, trazer gente de fora sem precisar de prova que comprove competência, condições e conhecimento, no mínimo pretere os nossos.
Isso tudo é um artifício populista que serve apenas para angariar votos.
Não resolve o problema. Tapa o sol com a peneira. Engana os ignorantes.
Falta uma eficaz administração com o dinheiro público.
Os médicos que realmente querem ajudar e curar, que não são meros mercenários e aproveitadores, lamentam esse tipo de decisão.
Sei que a abordagem é generalista, mas o assunto tem muitas nuances e é impossível abordar todos os aspectos em apenas um texto. Não sou contra médico ganhar bem, e acho um absurdo o governo pagar R$ 9,00 por consulta do SUS aos médicos. Reforço, investimento em hospitais e infra é o que mais precisa.
Acho que esse horror de subsídio a Cuba já passou dos limites e o povo precisa dar um basta. Chega de ser explorado!


Publicado em: A Tribuna Regional no dia 13.07.2013 
Editado/corrigido por @AnaLeticiaSilva

@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br