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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Braços e pernas

Dentre as primeiras regras da leitura corporal, o que se aprende é ler os braços e as pernas pois eles denunciam contundentemente como a pessoa está sentindo-se no ambiente. Mas deve-se levar em consideração fatores climáticos. Se estiver frio e a pessoa não estiver bem agasalhada, a leitura pode não ser correta. Pessoas com frio procuram se aquecer e buscar calor no próprio corpo, encolhendo-se e cruzando os braços e/ou pernas.
Muito de leitura corporal se depreende do contexto social. Cada cidade possui suas peculiaridades, desde vestimentas a comportamentos. O que precisamos observar são as características inatas. Há locais onde é normal mulheres cruzarem os braços, elas descansam dessa forma.
É extremamente difícil, por exemplo, que um destro cruze os braços com a mão esquerda sobre a direita. Normalmente o destro deixa a direita por cima. O inverso acontece com o canhoto.
Mas a regra mais básica e universal é: cruzar os braços.
Se uma pessoa está em uma festa, uma janta, uma reunião ou onde quer que seja e está de braços cruzados, existe uma chance quase completa dela não estar a vontade nesse ambiente. Ou estar braba, nervosa, desconfortável, na defensiva. Essa probabilidade só não é de 100% devido às pessoas que tem o hábito de deixar os braços sempre cruzados. E aqui eu acrescento que essas, necessariamente, possuem traumas – normalmente familiares- que precisam ser resolvidos.
A dica fica nas pernas. Se a pessoa estiver com as pernas e os braços cruzados, ela não está a vontade. Pode ate ser por causa de frio, mas a combinação de braços e pernas cruzados denuncia, necessariamente, desconforto, voltando-se para dentro de si.
Muito cuidado, apenas pernas cruzadas podem também denunciar desconforto, mas é necessário conhecer um pouco mais a pessoa para auferir. Existem técnicas para isso, e elas serão paulatinamente postadas aqui.
Deve-se cuidar também o que chamamos de postura espelho. Ao conversar com alguém, quando criamos um vínculo no diálogo, inconscientemente as pessoas acabam assumindo a postura espelho, que nada mais é do que, sem notar, copiar os movimentos do interlocutor. Ocorre muito em casos onde os participantes do diálogo são fumantes. Quando um acende, o outro é inconscientemente compelido a fazê-lo também e sequer percebe que o está fazendo. O mesmo ocorre com a bebida, levando o copo a boca, etc.
Nos casos de postura espelho, pode-se perceber que você está de braços cruzados, voltado para dentro de si e analisando os outros ou o ambiente. Perceber-se analisado faz as pessoas fecharem-se, por outro lado, ver seu interlocutor de braços fechados depois que se criou o vínculo fará a pessoa cruzar os braços.
Homens que querem exibir-se, eventualmente cruzam os braços para mostrarem seus bíceps trabalhados. Pessoas que consideram-se extremamente seguras, também tendem a cruzar os braços.
Nos casos em que não caracteriza desconforto, a dica é verificar expressões faciais, ou o conjunto do corpo. Se a expressão facial não mudar e os braços estiverem cruzados, vale as regras, se não, busque expressões de segurança ou prospecção.

@rjzucco