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quinta-feira, 1 de março de 2012

Direitos Iguais

Leio bastante sobre mulheres inflamadas em prol da causa feminina em busca de direitos iguais, propagandas em ônibus e jornais ou qualquer outro meio de comunicação alegando que mulheres recebem salários inferiores aos dos homens.
Sou absolutamente a favor dos direitos iguais. Mas que fique claro, sou a favor de direitos iguais. E quando menciono iguais, é iguais mesmo, em tudo. Se vamos buscar a igualdade, ela deve ser absoluta. Abandonemos de início favorecimentos e argumentos falaciosos que futuramente acabariam, e sempre acabam, por vir a tona. Argumentos como “a mulher é o sexo frágil” ou “mas isso é coisa de homem” ou até “mas não temos condições físicas para isso”.
Minha tese é de que, se querem direitos iguais, é porque se consideram capazes de concorrer de igual para igual. Acho um absurdo reclamar direitos iguais apenas no que convém. Isso não é justo nem moral.
Diariamente vejo reclamações de feministas, inclusive homens, reivindicando que as mulheres não recebem os mesmos salários dos homens em grandes cargos, nem são contempladas com as mesmas oportunidades.
Agora eu afirmo, mulheres com as mesmas qualificações que os homens e que se dispõe a trabalhar como os homens trabalham, tem sim os mesmos benefícios. Afirmo pois já trabalhei em vários lugares e acompanho pela internet casos de sucesso, mas são exemplos de gente que  “arremanga” a camisa e vai pro batente. Não reclama ou fica choramingando.
A postura feminina é outra coisa que precisa ser revista. Colocando-se 10 mulheres em uma sala pequena para trabalhar, em um mês teremos um stress enorme, rusgas, alfinetadas, cinismo, competição, mancomunações e articulações entre si. Colocando 10 homens em uma sala, em um mês serão melhores amigos, estarão trabalhando em conjunto, falando de futebol, mulheres, festas, bebedeiras, fazendo churrasco e marcando jogos.
Isso evidencia a dificuldade que é trabalhar com mulheres. O gênio feminino é de difícil trato quando em bando.
Querer direitos iguais apenas em empregos bons, em salários, no que lhe é vantajoso, é revoltante.
Proporcionemos então direitos iguais em aposentadoria, pois a dupla jornada de trabalho hoje já é normal também em homens e há uma quantidade majoritária de mulheres que se beneficiam disso, sem sofrer a tal dupla jornada.
Mesmo tempo de licenças gerais, mesmo direito em vagas eleitorais, disponibilidade em empregos braçais que exijam extremo esforço físico, facilitadores em cargos femininos como secretariado, atendimento ao público e etc.
Reclamar apenas nas partes boas é o mesmo que exigir direitos e não aceitar os deveres. Não conheço uma lixeira, entregadora de gás, marceneira, carpinteira, pedreira e qualquer outra função que exija real e constante esforço físico.  Não estou afirmando que não existam, pois é bem provável que haja, mas tenho certeza que em irrisória proporção se comparado aos homens.
Mudemos também o olhar tendencioso da justiça perante os homens e as mulheres, onde a guarda das crianças raramente fica com o pai e somente quando a mãe é demasiadamente desqualificada ou , e ainda assim, quando normalmente declara desinteresse em ficar com a criança.
Quero ter os mesmos direitos das mulheres e não me importo que elas tenham os mesmos direitos que eu. Mas se não for uma via de mão dupla, essa teoria jamais sairá do que é hoje, apenas uma utopia falha.
Li recentemente uma matéria interessantíssima na Super Interessante abordando o assunto e lá constavam pesquisas testadas na prática sobre como os pais criam diferente filhos e filhas. Recomendo a leitura: http://bit.ly/nL1zx0
 
Publicado em: A Tribuna Regional no dia 25.02.2012
Editado/corrigido/pitaquiado por: Thiago Severgnini de Sousa e Ana Leticia Silva
Escrito por:  @rjzucco