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quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

O fim dos ciclos



Reza a lenda que tudo na vida das pessoas segue um ciclo de sete anos. De sete em sete anos no mesmo trabalho se revê postura ou troca e/ou almeja promoção, de sete em sete anos no relacionamento se tem as “crises”, de sete em sete anos há uma mudança interna em nós enquanto pessoas (mais drástica do que as quotidianas), etc.
Pode acontecer de eu estar no meio do ciclo no trabalho, no fim em um relacionamento, no início junto a família. Cada ciclo é independente.
Isso explica muita coisa como por exemplo por que depois de tanto tempo em um relacionamento as coisas mudam abruptamente e quando se percebe já não nos vemos mais adequados aquela nova realidade.
Explica também porque depois de tanto tempo em determinada empresa, emprego ou função cansamos e decidimos alçar novos voos.
Explica porque em determinadas fases estamos super bem com a família e em outras estamos brigando sistematicamente por besteiras.
O mais interessante de tudo isso é que mesmo que isso seja trazido à consciência e explique muita coisa, nada arrefece a dor do fim de uma relação, independente se amorosa, familiar, profissional ou mesmo de amizade.
É muito triste quando um ciclo se encerra e entendemos que precisamos virar a página e seguir novos rumos “abandonando” as pessoas que faziam parte de nossa realidade.
É extremamente difícil desprender-se e desapegar-se de antigos hábitos. Sair da zona de conforto e encarar novos desafios sem as mesmas pessoas que nos proviam segurança durante os últimos sete ou quatorze anos. (as vezes mais)
Muito poucas pessoas sabem lidar bem com o desapego, a dor e a metamorfose. Entretanto isso faz parte do mundo adulto.
Obviamente que há muita coisa positiva também nisso. Toda mudança gera resistência, mas também traz novas oportunidades e desafios.
Dale Carnegie já dizia que “O barco da 'segurança' nunca vai muito além da margem”, então para atingir novos patamares, alcançar sonhos e angariar novas conquistas é necessário coragem e desprendimento.
Quando novos horizontes se abrem e estamos dispostos a encará-los com esperança e percebendo que essa oportunidade é boa, começamos a ver o lado positivo de tudo e só então toda a dor e tristeza começa a ser percebida como algo irrelevante frente ao contexto.
Por mais difícil que seja a situação, por pior que seja o final de cada ciclo, qualquer que seja, não permita que seja lá o que for lhe impeça de atingir seus objetivos. Nada pode ficar no caminho de seus sonhos e lhe impedir de ser feliz.
Sonhe grande, vislumbre seu objetivo. Trace a meta de sua vida e agarre-se a esse sonho com todas suas forças.
Você é responsável pelo seu sucesso e pelo seu fracasso. Se algo não deu certo, se um ciclo encerrou sem que você quisesse, veja o que pode fazer diferente daqui para frente.
Quando assumimos a responsabilidade por nossos atos e nossa vida, entendemos que nossa felicidade depende apenas de nós.
Escolha ser feliz e aceite resilientemente as mudanças. Sempre vem com algo positivo.



Publicado em: A Tribuna Regional no dia 31.10.2015
@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br