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quinta-feira, 28 de maio de 2015

Páscoa



A Páscoa é uma festa cristã que celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu, até sua ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados.
É o dia santo mais importante da religião cristã, quando as pessoas vão às igrejas e participam de cerimônias religiosas.
O Coelho da Páscoa representa o nascimento, a esperança da vida e é um dos símbolos das festividades da Páscoa.
O coelho é um animal que se reproduz em grandes ninhadas. Está relacionado com a Páscoa, comemorada pelos cristãos, por representar a esperança da vida após a Ressurreição de Jesus Cristo.
O Ovo da Páscoa é um ovo feito de chocolate normalmente recheado com surpresas. É um símbolo de nascimento e vida e está relacionado com a Páscoa pelos cristãos, pela representação da Ressurreição de Jesus Cristo, com a esperança de uma nova vida.
É uma celebração muito bonita, alegre, divertida e que atavicamente é passada de geração a geração. Brincadeiras como esconder ovos de galinha recheados com “carrapinhas” para que as crianças encontrem ocorrem em muitos países no mundo. Depois de comer o “recheio”, alguns têm o hábito de quebrar a casquinha na cabeça de alguém que está distraído, normalmente acontece em 1º de abril e daí o termo “enganei o bobo na casca do ovo”. Embora existam muitas outras teorias para origem desse termo.
Enfim, tudo é alegria, celebração, comemoração, festa, muitos doces e chocolates, não se come carne vermelha, só se come peixe e não é permitido castigar crianças nem trabalhar pesado.
Só que a indústria comercializou a data, que hoje foca apenas em ovos de chocolate, coelhos de chocolate, chocolate, propagandas, ninhos, doces, “carrapinhas”, casquinhas, etc.
Pouca gente da nova geração sabe o que significa a Páscoa. É sério, acreditem!
Perguntem aos jovens de hoje em dia o que é a Páscoa, por que ela é celebrada e qual o sentido de tudo. Eles não saberão responder.
E mais, muitos estão absolutamente desvinculados da religião. E até defendo que cada um é soberano sobre suas crenças, mas entendo também que a religião ocupa um papel importante e fundamental na atual estrutura familiar contemporânea.
Ocorre que muita gente quer saber dos chocolates, do feriado, da folga, dos doces, mas se diz ateu, ou mesmo de uma religião que não celebra a Páscoa.
Então qual o sentido?
Se eu não concordo com as crenças e/ou filosofias de determinada instituição, certamente não devo me curvar também aos seus benefícios.
Muito fácil falar mal, discordar, reclamar, mas no Natal, Páscoa e afins querer aproveitar.
Então, respeite. É o mínimo. E quando fazer uso de alguma vantagem de algo que não pratica, valorize.
Mesmo que não seja sua crença, é uma data bonita que prega bons princípios.
Feliz Páscoa!

Publicado em: A Tribuna Regional no dia 04.04.2015
@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br

terça-feira, 26 de maio de 2015

Cavalheirismo?



Essa semana estava acompanhando a história daquele médico cirurgião de Porto Alegre que “abandonou” a mulher no restaurante.
Pior, estava ouvindo um relato de uma amiga dessa moça falando mal desse cara de várias formas.
Nesse relato ela fala que essa amiga, bonita, formada, nível legal, não consegue se acertar com homem algum pois escolhe sempre uns meio malucos. Aqui já fica um alerta de que a culpa não é só do cara, mas continuemos.
Na sequencia ela informa que o cara era chato pois era sério demais. Horas, se o cara é chato e sério demais, por que continua saindo com ele?
Foram ao cinema e ele pagou. Depois foram comer sushi, ele tinha cupons do Groupon e ele pagou. E nesse ponto a relatora ainda diz: “normal né gente, nada de mais, ele pagar”.
No início das conversas ele perguntou se ela gostava de homens que decidissem tudo e pagassem tudo sempre. No que ela respondeu que era cedo demais para responder esse tipo de pergunta e que ele deveria descobrir com o tempo e convivência.
Saíram de noite e foram ao Valentina’s Bar. Racharam a conta no final, cada um pagou o seu. E aqui a relatora já começa a achar que o cara estava errado.
Como assim? Mulher não pode pagar a própria conta quando está acompanhada?
Decidiram que sairiam jantar e ela sugeriu o Takeda. Para quem não sabe esse é um dos restaurantes japoneses mais caros de Porto Alegre. Algo em torno de R$ 300,00 por pessoa fácil fácil.
Daí que a mocinha não levou bolsa, nem carteira, nem dinheiro, nem cartão nem nada. Literalmente foi às custas do cara. Só que ela havia definido o restaurante caro. Ela já conhecia o perfil dele que havia perguntado isso no início da “relação” e eles já haviam dividido as despesas em oportunidade anterior.
Ele disse que não gostaria de pagar ou dividir sempre, cada um pagar uma vez. Ela se mostrou ofendida com a proposta dele perguntando se eles já estavam nesse “nível”. Ele argumentou que a mulher também tem que agradar tanto quanto o homem e que ele achou que ela pagaria visto que foi quem sugeriu o local. Ela informou que sequer havia cogitado essa possibilidade e que o cavalheirismo mandava ele pagar.
Ele falou que buscaria a carteira no carro e ela ficou esperando. Ele saiu e não voltou.
Ele sai pegar a carteira e não volta, mandando uma mensagem depois ao celular dela dizendo que não estava acostumado com mulheres interesseiras. Bloqueia ela e desliga o celular. Até o pessoal do restaurante tentou ligar. Um horror, segundo a amiga.
Só um pouquinho?! Esse cara ao meu ver é um gênio, mito! Ele é corajoso ao extremo. Pegar uma mulher interesseira, que age como uma prostituta e trata-la com o comportamento que ela pediu, não tem nada de errado.
Cavalheirismo? Por favor né?! Cavalheirismo é tratar com educação e cortesia, levantar para ela sentar, puxar a cadeira, abrir a porta do carro, pegar no colo, abrir o guarda-chuva para ela não se molhar, tratar com o carinho e zelo pertinentes a cada situação. Pagar a conta é coisa de provedor. Ela queria um namorado ou um pai/banco?
Desaforo dessas mulheres de hoje não só quererem que os homens paguem tudo, como ofenderem-se se o cara não paga. Fazem das tripas coração para serem reconhecidas pelo mundo como competentes e tão capazes quanto os do sexo masculino mas na hora da divisão de custos, apelam para o “cavalheirismo”?
Quando convém, são tão capazes quanto os homens e são as vítimas da sociedade que não lhes dá todas as possibilidades que elas precisam para mostrarem-se competentes. Quando não convém, são o sexo frágil, desfavorecidas fisicamente, o cavalheirismo precisa ser evocado, elas precisam ser protegidas e amparadas, e por aí vai...
Achei lindo o que esse cara fez, encorajo todos os homens a fazerem isso com mulheres interesseiras. Querem seu dinheiro? Pois que fiquem passando vergonha no estabelecimento.
Mulheres interesseiras: se dependesse de mim, vocês passariam esse fiasco recorrentemente.
E não me venham com argumentos falaciosos de que eu estaria sendo um mal educado e grosso, pois má educação é tentar tirar vantagem de outrem em benefício próprio e abusar da boa vontade alheia para angariar coisa para si. E digo mais, parem de tentar viver às custas dos homens. Consigam as coisas por si já que são tão competentes e capazes quanto nós (e honestamente acredito MESMO que sejam). E chega de esperar dos homens coisas que vocês também deveriam fazer já há muito tempo.
Por uma sociedade mais igualitária já!

Publicado em: A Tribuna Regional no dia 28.03.2015
@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br