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quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Você é vendedor?





O que é vender em sua opinião?
A maioria das pessoas entende que saber o que o cliente quer, saber atender o cliente, conhecer sobre seu produto, ter experiência e anos em vendas é vender.
Será?
Os clientes mudaram. O mundo mudou. Nos últimos quatro anos assim como vem acontecendo permanentemente, a cultura de consumo vem se transformando e experiência é baseada em cultura e comportamento de clientes.
Vendedores que não estão permanentemente se qualificando, treinando, aprendendo, e buscando adaptarem-se as novas práticas de mercado não podem ser considerados vendedores. São atendentes. 
Bons atendentes. Gente experiente que sabe muito sobre o que ainda é boa parte do mercado atual, mas que será invariavelmente absorvido pela nova realidade que veio para ficar e desbancar antigos paradigmas.
Vendedores que se consideram vendedores sem entender o que é sequer um funil de vendas, etapas de venda, não sabe usar as ferramentas digitais, não é mais vendedor e sim um espectador desse dinâmico novo cenário.
Há uma abissal diferença entre vender e atender.
Muitos entendem que venda é bico. Estão errados!
Ser vendedor é uma das funções mais completas e complexas do mercado.
Saber como cada geração consome e preparar-se para isso é um bom começo. Geração X consome assim, Y assado, Z de outra forma, Milleniums mais ainda. E os “vendedores” ainda acreditando que sua experiência faz alguma diferença com esse novo modelo? Isso é arrogância!
O mundo virtual veio para ficar e não há clientes que hoje comprem sem pesquisar lá. Vender sem site? Prepare o estômago pois a fome será uma realidade.
Não existe forma de prestar consultoria (termo mais adequado ao vendedor moderno) sem entender sobre economia, juros, inflação, influência política.
Isso é básico para orientar quanto a bons investimentos, retorno e afins.
É importante conhecer além das ferramentas triviais de vendas - tanto as clássicas quanto as virtuais – técnicas de negociação.
Além disso, entender os tipos de perfis de clientes, formas de comportamento e identificação de motivador de compra.
E não para por aí. 
Saber ler seu cliente e entender de leitura corporal também significa muito e é certamente um diferenciador entre uma conversão em venda e uma desistência.
Estudar neurolinguística e comportamento social completam o quadro das “ferramentas” básicas.
Mas a busca continua, é também importante conhecer seu produto/serviço, estar sempre se atualizando, buscando novas referências. Agregando valor ao que já é habitualmente oferecido para o mercado a fim de apresentar diferencias que não só excedam a expectativa do cliente, mas encantem-no.
Encantar o cliente. Essa deveria ser a grande jornada de todo vendedor. Entretanto muitos entendem que aquela satisfação é o tal encantamento.
Quando o encantamento é a busca, a fome nunca é saciada. Revistas, newsletters, jornais, sites especializados, webinários, cursos, simpósios, palestras, livros, práticas e finalmente a incorporação perene da educação continuada.
Se isso não é feito, então você não é um vendedor. 
Você pode ter perfil, pode ser aspirante a vendedor, pode ter sido vendedor um dia, mas no atual cenário, vendedor é completo, é perfeito, é obstinado e comprometido com o encantamento de seu cliente.
Vendedor é bem sucedido. Ganha bem e não se conforma com pouco e nem admite resultados modestos. É quem tem sucesso e conforto.
Repare que todos os filmes onde as pessoas são executivos de sucesso, atuam em vendas ou são empreendedores. Ou os dois.
Para quem já se perguntou por que vendas paga tão bem e não teve resposta, agora eu explico. Vendedor estuda e se qualifica mais que médico e mais que servidor público que se matou de tanto estudar.
Se você é consumidor, sugiro que não entregue seu dinheiro a quem não se dá ao trabalho de sequer fazer o seu básico dever de casa e entende que sabe muito e que isso basta. Compre com quem se esforça para lhe encantar. Quem se qualifica.
Pessoas honestas não jogam no lixo tanto empenho e esforço por um mau negócio. Quem encanta é além de competente, honesto. Ou seja, negócio seguro.
Compre com quem é vendedor.
Se você é vendedor e segue essa filosofia, fale comigo. Terei o prazer em lhe oferecer uma colocação de mercado que atenda todas suas expectativas.
Se acredita que seja e não segue o que escrevi acima mas entende que tem perfil, fale comigo, podemos lhe ensinar.
Se entende que tudo que falei é besteira e realmente acredita que é difícil ou cansativo demais e que pode-se vender hoje em dia sem algo que falei, então convido você a trabalhar junto a minha... junto a outras empresas quaisquer.
Então pergunto novamente. Você é vendedor?
E antes que responda, não se culpe. O mercado ainda é dominado por excelentes atendentes, que não são vendedores, mas que fazem um trabalho fenomenal. Não há demérito algum em se entender um excelente atendente. Afinal de contas, atender é também bastante complexo e exige muito do profissional.
Atendentes qualificados frequentemente excedem a expectativa do cliente.
Se você é atendente, orgulhe-se! Você domina o mercado e ainda dita regras de atendimento em muitas coisas.


Publicado em: A Tribuna Regional no dia 11.06.2016
@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Não é o estupro




Essa semana muita gente ficou discutindo sobre estupro. 
Achei engraçado que no meio dessa discussão toda sobrou machismo pra cá, feminismo pra lá, coxinhas e pelegos e tudo mais que é "ofensivo" e poderia ser usado como rótulo depreciativo. 
Vi pessoas desfazendo amizades por não serem capazes de pensar diferente e coabitarem na mesma, pasmem, timeline. 
Uns dizem que foi estupro e defendem sua posição. Outros dizem que não foi e defendem outro aspecto. 
Pelo que eu entendi, a maioria das pessoas que era "a favor" do estupro, entendeu que a menina não foi estuprada. 
Ela trocou sexo por drogas, com uma turma que já tinha feito isso antes. A própria mãe da menina disse que demorou para acontecer e que sabia que a menina já havia trocado sexo por drogas com 5 meninos. 
Soma-se isso ao contexto todo do local, da turma, do horário, da companhia, etc. 
Isso significa então, ao menos para a polícia e para metade das pessoas, que não foi estupro e que a menina, para sacanear ou porque viu que havia sido exposta na nuvem, resolveu alegar estupro. 
O que me deixa desconfortável com isso tudo é um cara postar uma foto visivelmente tranquilo, ou seja, não era alguém desequilibrado ou daquelas pessoas que habitualmente percebemos não fazer parte de um bom convívio social e ainda assim, mesmo com 30 testemunhas dizendo algo, por uma pessoa dizer outra totalmente diferente, ela estava certa e todos os outros errados. 
Agora pense comigo. Digamos que essa menina não foi mesmo violentada (e considero esse um dos mais bárbaros crimes existentes. Que fique claro que sou veementemente contra qualquer tipo de abuso ou violência contra qualquer pessoa) o que acontece com as 30 vítimas? 
Pense mais longe então, nos precedentes que isso abre. 
Se depoimento não vale, qualquer mulher pode ter sexo selvagem com alguém e incriminar outra pessoa. Basta que a mesma não tenha um álibi sólido. 
Isso é um absurdo! 
E reitero. Não sou a favor do estupro e não estou afirmando que ela não foi estuprada. Estou trazendo fatos e uma reflexão quanto a tendenciosidade da justiça brasileira. 
Ninguém que está defendendo a pobre moça sequer considerou que ela possa ser alguém sem amor próprio, sem valores. Uma daquelas mulheres "da pá virada" e que goste de sexo grupal com 30 homens e que depois de aproveitar todos eles caiu cansada em êxtase e por efeito das drogas que seriam seu pagamento? 
É preciso ver os dois lados sempre. 
E quem defende que ela não foi estuprada, já pensou que se de fato ela o foi, como deve ser o procedimento agora? 
O que precisa ser feito para evitar que se repita tamanha atrocidade? Qual a maneira de coibir e punir esses 30 estupradores? 
O que deve estar passando na cabeça da menina? 
Independentemente de sua posição isso não deve, sob hipótese alguma, prejudicar qualquer laço social ou pessoal. O mundo é cheio de opiniões diferentes e aceitá-las faz parte da civilidade. 
Inadmissível que não consigamos dialogar em pleno século 21. 
Falta empatia e humanidade para os humanos.

Publicado em: A Tribuna Regional no dia 04.06.2016
@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br