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terça-feira, 12 de novembro de 2013

Estelionato

Recorrentemente fico sabendo de alguém que caiu em algum golpe aplicado por estelionatários. São golpes toscos e que me deixam profundamente irritado, não por lesar a vítima, mas por terem acreditado em algo tão ridiculamente burro.
Vamos pegar como exemplo os velhinhos. Do nada aparece alguém, que sabe de algum negócio e não pode esperar até a semana que vem para consolidá-lo e felizmente por um milagre divino está ali ao lado um sujeito que tenha um pouco de dinheiro, o suficiente, justamente para fechar esse negócio.
Primeiro que se fosse algo garantido, honesto e sério, essas pessoas pegariam empréstimo em banco ou mesmo com agiotas, afinal de contas não há o que errar. Segundo que se esses “velhinhos” realmente acreditassem que isso estava certo e que não haveria problema algum, eles não teriam motivos para esconder dos familiares. No entanto todos eles escondem, sacam o dinheiro, e repassam aos estelionatários à surdina.
E o pior não é isso. O pior mesmo é que ainda tem a cara de pau de aparecerem na TV ou em qualquer outro lugar chorando e falando que foram enganados e enrolados por algum vigarista que se aproveitou da sua pobre inocência.
Minha inocência eu perdi antes dos dezoito, será que esses senhores ainda mantinham as suas incólumes? Ou malandro é o pato que nasceu com os dedos juntos?
O que revolta é pensar que esses seres desprovidos de capacidade cognitiva (e sim, é para ofender mesmo esse bando de ganancioso corrupto) independente da idade, acham que ganhar dinheiro fácil acontece assim... Virou Disneylândia agora?
Todo mundo que toma esse tipo de golpe é apenas porque se acha mais esperto que os outros, quer dar um jeito de lograr alguém, quer ganhar dinheiro fácil. Na verdade estão é sendo passados para trás tal e qual imaginam fazerem no momento do estelionato, e ainda tem a petulância de reclamarem depois e dar parte na polícia.
Ora tenha santa paciência! Se eles fossem pessoas honestas, de bem, boa índole e costumes, isso jamais teria acontecido, pois teriam colocado a mão em suas consciências e entendido que aquele tipo de negócio proposto não estava certo e que seguramente acabaria onerando outrem.
Quando me perguntam se eu sinto pena de quem toma esse tipo de golpe, a minha resposta é rápida e segura: Independente da idade, posição social, poder financeiro ou o que quer que seja, torço para que essas pessoas que querem sempre dar o jeitinho e passar por cima das outras acabem sempre se dando mal ou tomando o golpe de alguém mais rápido.
Errar é humano, mas querer lograr o próximo é digno de repúdio. Quem faz a coisa como tem que ser, não cai nesse tipo de conto do vigário.


Publicado em: A Tribuna Regional no dia 28.09.2013 
Editado/corrigido por Josiane Brustolin
@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br