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quinta-feira, 16 de junho de 2016

Mordaça branca



No final de semana dos protestos contra a corrupção manifestei uma opinião nas redes sociais que é senso comum entre a classe empregadora, os empresários, os empreendedores e uma gigantesca fatia de empregados.
Quando o fiz, um militante pró PT (e vejam, minha afirmação não era contra o partido e sim referente a conduta de pessoas que defendiam a postura de uma linha de raciocínio que é absolutamente contrária aos ideais empresariais que visam lucro; lucro este necessário para pagar e elevar o salário dos empregados) não só ficou indignado comigo como se prestou a articular junto a muitas pessoas de mesma linha de pensamento para boicotarem meu posicionamento.
Primeiro que eu não entendo. Essas pessoas não tem argumentos para debater ideias então combatem o emissor, tentando o desqualificar enquanto pessoa. Isso não leva a nada.
Segundo que elas tentam convencer seu interlocutor xingando-o e ofendendo-o? Nem no fantástico mundo de Alice isso daria certo.
Mas o principal é que hoje não podemos mais falar o que pensamos mesmo que isso seja certo.
Teve gente que ameaçou me processar, alegando ilegalidade, citando Constituição e o escambau. Apelando para todo tipo de coerção moral na explícita intenção de me oprimir, boicotar e fazer com que me arrependesse e recuasse no comentário.
Muitos colegas de profissão, formadores de opinião, empregadores, empresários e gente pública vieram falar comigo dizendo que concordavam com o que escrevi, que me apoiavam em gênero, número e grau, mas que não podiam fazê-lo publicamente. Que não era bom para os seus negócios.
Que os militantes do PT, na primeira oportunidade, ao menor sinal de manifestação, criticam corrosivamente, unidos, e maculam a imagem da empresa.
Não se pode mais ter opinião, ou melhor, não se pode sequer falar o que se pensa.
Os manifestantes pró governo manifestam e sempre manifestaram tudo que quiseram, eles não têm emprego, não têm clientes, não têm o que perder. São terroristas sociais e morais.
Ficam à espreita apenas aguardando alguém ter coragem de se posicionar para, unidos, acoitarem de todas as formas.
E são muito bem organizados e articulados, tanto que funciona.
Quantas pessoas você vê hoje assumindo firmemente uma posição que fale verdades desconfortáveis e que seriam “politicamente incorretas”?
Hoje somos amordaçados. Se gostamos de assar uma carne e carnear, vem os direitos dos animais nos chamar de assassinos e nos mandar matar nosso filho que também é um ser vivo. Se falamos mal dos corruptos, reclamam que os outros partidos também são e que este partido ao menos tirou gente da pobreza e deu escola. Se falamos sobre os médicos, chove gente alegando que antes um cubano açougueiro do que ninguém.
E com isso cada vez mais quem deveria falar vai se acadelando, se achicando, se acovardando e emudecendo.
Enquanto isso quem defende a corrupção vai se multiplicando feito vírus, expande seu domínio nas escolas, nas faculdades, nas ruas e nas empresas.
Com o silêncio, empresas quebram, pois os empregados fazem o que bem entendem e isso é prejudicial em um nível tão profundo e extremo que não há saída.
Alunos na faculdade não podem ter opinião própria, senão o professor manda sair das sala, reprova e ainda humilha. Obviamente que isso se a posição for firmemente contra o PT, o atual governo e o MST.
O assistencialismo, conforme falei neste mesmo canal há mais de dois anos, chegou a um ponto insustentável e o país entrou em colapso.
Gente que defende corrupto, que defende bandido, é bandida também.
Gente que defende ganhar sem trabalhar, receber sem merecer, não merece emprego em empresa que visa lucro e produtividade.
São filosofias antagônicas, isso é absolutamente contraproducente e deve sim ser explícito.
Eu não tenho a obrigação de contratar em minha empresa gente que quer ganhar sem merecer, que quer um emprego sem precisar ser competente, gente que não quer estudar nem se qualificar para cada vez mais ser bom no que faz.
Eu não tenho obrigação de contratar pessoas que defendam assistencialismo, o ganhar por coitadismo, o receber mesmo sem trabalhar. Isso levaria minha empresa à bancarrota.
Precisamos SIM ficar de olho no mercado e no que acontece e contratarmos gente alinhada com a ideologia e filosofia da empresa, inclusive nas manifestações.
Precisamos ter coragem para falar o que todo mundo pensa mas ninguém quer.

A coragem não é que nem poeira que se agarra em qualquer pelo. Mostremos que os bons e os certos cansaram de se calar e estão começando o revide contra pelegos.
Publicado em: A Tribuna Regional no dia 26.03.2016

@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br

terça-feira, 14 de junho de 2016

Estupro político


Fomos estuprados nos dias 16 e 17 de março de 2016.
Chutaram nosso cachorro, passaram a mão em nossa bunda, cuspiram em nós, bateram em nossa cara, espancaram nossa mãe, atearam fogo na moralidade e com cachaça.
Não tem cabimento o que está acontecendo no Brasil.
As passeatas, camisetas amarelas, vestir preto, panelaços, isso não chega aos ouvidos do Lula e da Dilma.
Tenho certeza que eles não tem a menor ideia do que está acontecendo em Santo Ângelo, uma ilha localizada no noroeste do estado do Rio Grande do Sul.
Entretanto entendo claramente a importância desses levantes populares. Todos os networks são acionados e funcionam como uma onda.
As pessoas aqui em nossa cidade saem para protestar, manifestam sua indignação nas redes sociais, formam opiniões, influenciam conhecidos.
Essa ação invariavelmente respinga na área jurídica, ou seja, OAB, juízes, advogados e todos aqueles que hoje são os únicos que poderiam dar um fim nessa palhaçada toda. Eles começam a entender que precisam dar jeito na coisa.
As classes influenciadoras como proprietários, médicos, empresários e afins também começam a sofrer e manifestar ativamente seu descontentamento, utilizando suas conexões, apoiando a revolta do povo e as decisões judiciais.
O jornal só divulga a manifestação em POA ou em São Paulo porque sabe que isso está acontecendo em POA, em Passo Fundo, em Erexim, Santo Ângelo...
Se não estivesse acontecendo em todo Brasil, nas cidades pequenas inclusive, entenderiam como eventos isolados em capitais e sem representatividade significativa.
Quando o movimento ganha corpo, ganha escala, quando a notícia chega aos salafrários lá em cima, a mídia é OBRIGADA a se manifestar.
Quando o povo reivindica algo, a mídia divulga e tudo estremece, necessariamente os representantes da justiça acabam entendendo a importância de se posicionarem.
Quando toda uma nação está posicionada de forma firme e segura contra corrupção e não a favor de partidos ou ideologias partidárias, ou seja, pró justiça, não há como advogados e juízes irem contra. Eles precisam seguir as leis.
Você pode argumentar que sempre tem como, e de fato, sempre tem. Mas some-se a tudo isso os políticos e a coerção social que todo esse movimento representa.
Sim, os políticos, eles querem votos e o povo não quer mais saber da pujança, então eles articulam para que os juízes façam o que o povo pede e assim se reelejam.
Outra coisa que fica, independente do resultado, é o exemplo para as gerações atuais. Jovens que sabem sobre política, entendem sobre justiça (ou a falta dela), sabem o poder que tem nas mãos, veem a consequência de um péssimo voto.
Ao menos em teoria nossos jovens serão empreendedores, focarão em conhecimento e estudo, serão mais qualificados e mais preparados para o futuro.
A parte boa de tudo isso é, o Lula caindo ou não, mantendo ou não a suspensão desse ministério, os jovens entenderam que PT é do mal e que comunistas continuam comendo criancinhas como ouvíamos quando éramos crianças.
E sabendo disso, revolucionarão nosso país em 10 anos.

Façamos com que todos sempre lembrem desse dia, dessa raça, desse mar de lama de corrupção, do maior escândalo de roubo já registrado na história da humanidade que é o PT no governo roubando do BNDES e da Petrobrás.

Publicado em: A Tribuna Regional no dia 19.03.2016
@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br