Pesquisar este blog

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Sindicatos. Aliados? Ou inimigos?

O sindicato tanto fez e intercedeu, articulou e pressionou, utilizou de todo tipo de estratégia ao seu alcance que finalmente conseguiu.
Mercados fechados aos domingos!
O sindicato não está nem aí para os interesses dos trabalhadores.
E se isso não fosse verdade, eles estariam preocupados com o desemprego que será desencadeado com esse tipo de ação, tanto direto quanto indireto.
Teriam ao menos feito uma pesquisa com os funcionários dos mercados para entender o que preferem. E essa pesquisa deveria ser quantitativa.
No dia em que um candidato foi até um dos mercados anunciar efusivamente aos empregados que agora eles teriam finalmente o direito ao descanso aos domingos, quem estava entre eles ouviu praticamente todos dizerem: “queremos é ter direito a comida na mesa e a emprego”.
Ou seja, os empregados, segundo o sindicato, são incompetentes até para terem voz e opinião. E isso fica evidente quando a vontade dos “beneficiados” é exatamente oposta ao que o sindicato enfiou goela abaixo.
Absolutamente contraprodutivo e contraevolutivo.
Com isso nossa cidade está na contra mão do que ocorre no mundo e o que ninguém está publicitando são os efeitos colaterais de uma ação desse tipo.
Os grandes mercados não podem abrir porque os “coitadinhos” dos trabalhadores precisam descansar aos domingos. Então o mercado demite em massa, e assim fica bom para os gênios sindicalistas.
O que ninguém questiona é quem fez isso acontecer nos bastidores. Os pequenos mercados, que continuarão abertos aos domingos, votaram pelo fechamento. E um pequeno tem o mesmo peso de voto de um grande que gera 150 vezes mais empregos.
Curioso como as coisas funcionam. Mas ninguém questiona quanto ao descanso do pobre trabalhador empresário. Ninguém quer saber se ele vai ter ou não seu domingo para relaxar. Por quê?
Empresário não é trabalhador? Não é gente? Não merece também um dia de descanso? É uma máquina que deve apenas se autoescravisar?
E os familiares do empresário do minimercadinho? Esses também trabalharão. Também não entram nessa súbita e imaculada preocupação dos sindicatos?
Tudo bem, digamos que o sindicato também tenha sido manipulado por algumas pessoas que queriam a todo custo fechar os mercados aos domingos.
Ninguém percebe o que isso representa para a cidade e para nosso futuro?
Hoje começou com os mercados. Mas há muito mais tipos de estabelecimentos abertos aos domingos. Todos fecharão? E quanto aos que operam 24 horas?
Seguindo o raciocínio dessas pessoas nada mais abre aos domingos. Nem o vendedor de pipoca e churros na praça deveria fazê-lo, pois é dia de descanso.
Postos de gasolina não abrirão mais domingos, nem padarias, lancherias, restaurantes ou qualquer outro tipo de negócio.
Os empresários já se atentaram a isto?
A população percebeu que esses inteligentes estão querendo nos transformar em uma colônia novamente?
Enquanto o mundo está cada vez mais online, ligado e vivo, atuante 24 horas em todos os pontos do mundo, Santo Ângelo está no retrocesso.
Querendo fechar aos domingos, e certamente os próximos passos será fechar tudo, caso ao menos não nos considerem imbecis e alienados, afinal de contas se o objetivo é o “zelo com o empregado que precisa descansar” então que seja com todos e não apenas por birra com três mercados municipais.
E mais. A vontade da maioria não deveria prevalecer a vontade de poucos?
Não só os empregados querem abrir aos domingos mas também toda a população deseja continuar consumindo.
E todo mundo vai continuar assistindo sem fazer nada?
A atrocidade explícita atentada contra a evolução e o mundo atual, e ninguém se manifesta?
Depois reclamam de tanta gente indo embora daqui. Reclamam que não há emprego porque ninguém empreende aqui.
Não empreendem e continuarão não empreendendo. Desse jeito cada vez mais gente vai embora. Continuaremos exportando mão de obra qualificada, pois estes inteligentes que aqui operam atuando fortemente contra a evolução continuarão expulsando e reprimindo quem quer gerar valor e riqueza.
Estamos lutando por um passado que não serve mais? Ou por um futuro que invariavelmente nos atingirá?

Por um futuro melhor para Santo Ângelo.

Publicado em: A Tribuna Regional no dia 27.08.2016
@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br

terça-feira, 15 de novembro de 2016

Homens trabalham mais que mulheres


Esta foi a declaração do ministro Ricardo Barros. Imediatamente uma avalanche de "mimimis" e feministas caíram em cima, crucificando-o. 
Está cada vez mais difícil emitir opinião nesse Brasil "politicamente correto" onde quase nada correto acontece. 
Sempre questionei a tal dupla jornada de trabalho feminina, a aposentadoria antecipada e outras vantagens oriundas desse desgaste extra das mulheres. 
Sei que isso acontecia há algum tempo. Sei que algumas mulheres ainda fazem isso. 
O que questiono é: O que acontece com pais solteiros? Com quem cuida dos filhos em casa e ainda trabalha? Com quem mora sozinho e tem dupla jornada de trabalho? 
Falam muito da oprimida e coitada mulher, mas nunca ouvi falar dos homens que fazem tudo que elas fazem e ainda trabalham muito mais. 
Na lei em momento algum há qualquer menção sobre empresários que trabalham 10, 12 ou 14 horas por dia. Nada referente a jornada excessiva de trabalho. A períodos desgastantes gerindo empresa. 
Então falam em sexo frágil. Frágil que tem uma expectativa de vida muito superior ao homem? Ninguém sequer parou para pensar ainda qual seria o motivo dos homens morrerem antes? 
Não estou, absolutamente, desmerecendo o trabalho das mulheres. Reconheço, entendo, respeito e valorizo. 
Estou justamente falando que o inverso não ocorre. 
Homens realmente trabalham muito. 
Trabalhei com muita gente em muitos lugares e ainda não conheci pessoalmente uma mulher que gostasse de trabalhar tanto quanto os homens, ficando meses realizando uma jornada diária de mais de 14 horas. E aqui me refiro a quantidade. Gostar de trabalhar muito e não gostar muito do trabalho. 
Um dia ou outro, eventualmente, tudo bem. 
Sei que elas existem, leio a respeito, assisto e acompanho-as no que posso. São minhas referências em muitas coisas. Mas em outra realidade, outro contexto. 
Mulheres executivas do Vale do Silício. Diretoras de grandes multinacionais. Empreendedoras "normais" só em regime de exceção. 
Mas independente disso. Falando dos homens. 
Esses comprovadamente trabalham muito. Investem pesado em qualificação. Estudam bastante. E no final ainda são vistos como menos merecedores que as mulheres que, nesse contexto segundo a lei, trabalham mais. 
Evidente que não são todos os homens que trabalham um monte ou que se qualificam ou qualquer dos pontos supracitados. Estou falando da regra e não da exceção. Afinal, exceção deve ser tratado como exceção. 
Então escrevo justamente para manifestar minha espécie frente a uma indignação tão atroz que na verdade nem deveria existir. 
E os tais direitos iguais nunca foram genuinamente requisitados pelo povo. São iguais para o que convém e não para tudo devido as condicionantes excludentes.     


Publicado em: A Tribuna Regional no dia 20.08.2016
@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br