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quinta-feira, 20 de novembro de 2014

“Menas" mediocracia




No interstício de tempo entre o período do primeiro e do segundo turno das eleições de 2014, a atual presidente (auto intitulada presidenta), durante um discurso onde a “massa inflamada” gritava “Te cuida! Te cuida! Te cuida, imperialista! A América Latina vai ser toda socialista!”, tentou contemporizar, utilizando, novamente, o péssimo português que lhe é folclórico e atribuiu, ainda, ao Rio Grande do Sul a paternidade do mau hábito, falando ‘’MENAS”.
Claro que essa não foi a primeira vez e, certamente, não será a última, afinal é sabido, de muitos, que os políticos utilizam, propositalmente, alguns desvios verbais para se “aproximarem” de seus eleitores.
Independente, o que fica claro, novamente, é que a nação é nivelada por baixo. Vimemos em uma cultura de mediocracia. Pessoas que falam “seje”, “teje”, “menas”, “peguemo”, “fizemo”, independente, se por cultura local, ou por falta de estudo. São, automaticamente, mergulhados em um chorume lodoso do qual, tal qual caranguejos, ninguém escapa e ainda puxam a parte de cima para ela.
Essa cultura do voto preza sempre pela “maioria”, nivelando todos, ou seja, a maioria, e isso quando se nivela, jamais é feito pelos melhores, ou pelos mais qualificados. Nivela-se, pegando a maior quantidade de gente e, normalmente, aí ficam os mais desprovidos de condições, tanto intelectuais, quanto financeiras ou culturais. Isso faz com que se cultuem as falácias de inserção de pessoas.
Ninguém para, para pensar a respeito disso, com profundidade.  É ululante demais, para que não se entenda. E, se não há entendimento, é por que não foi refletido ainda.
Como pode querermos uma nação de futuro investindo e fomentando os incapazes e investindo em quem não quer produzir? Abraçando apenas a massa que não se ressalta, que não desponta, que não é exemplo em algo positivo, que não tem interesse em qualificação ou pretende devolver, com resultado, todo o tempo e o subsídio governamental investidos nela?
Pegue o exemplo do colégio. Precisamos estar com a nota na média. Nossos pais não cobram que tiremos 10, (alguns sim, e parabéns a esses, eles quebraram o ciclo e entenderam) mas apenas que passemos de ano, atingindo a média, ou seja, que sejamos.
Nossa cultura prega a mediocridade.
Você sabia que agora as escolas estão proibidas de reprovar os alunos, para que o índice junto a ONU melhore? ”Menas” reprovações significa maior índice de aprovação. Maior o índice de aprovação significa que melhor ficamos nos conceitos globais.
Na prática, cada vez mais puxamos nossa nação para baixo. Cada vez mais, a massa medíocre vai aumentando e, cada dia, a mediocridade aumenta um pouquinho.
O reflexo disso está em nossos representantes eleitos, em nossa economia que vai bem quando a política global favorece e empurra e quando ainda se aproveita de recursos oriundos de tempos remotos. Quando a inércia inicia o freio, nada sabem fazer para manter em movimento.
Está em toda a nação cega, analfabeta funcional (a cara de seu representante), cada vez “menas” instruída, com “menas” educação, “meia” cega a todo tipo de atrocidade. Feliz com o “pão e circo”. Lembram-me aquelas crianças africanas que enchiam a barriga de água e se entendiam satisfeitas contra a fome.
Onde fica a meritocracia nisso tudo? Onde fica o valorizar de quem produz? Onde estão as pessoas que gostam de fazer as coisas e as fazem bem? Sem esse tipo de gente coisa alguma vai para frente.
Por isso, defendo e gosto tanto de empresários e empreendedores. Essas pessoas estudam, qualificam-se, produzem, retornam algo para a nação. Não ficam parasitando, “mamando no seio” da pátria.
Façamos a tal façanha de sermos diferenciados, para que possamos usá-la de exemplo a toda a Terra. Chega de cultuar o coitado e o medíocre. Chega de “passar a mão e dar o peixe”. Vamos valorizar quem ensina a pescar (principalmente, os professores que deveriam ter os melhores salários do Brasil). Valorizemos os que pescam, e, principalmente, os que praticam piscicultura.
E, com isso, início minha caminhada, para fomentar o empreendedorismo nas escolas. Posso não mudar o mundo, entretanto forçarei a realidade que me cerca a trocar de rumo por influência positiva.

Publicado em: A Tribuna Regional no dia 18.10.2014
Revisado por Cristiano Zucco
@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br