Já ouvi muita gente falando coisas como: “você morreu para mim”, ou “matei tudo que sentia por ela”.
Considero isso impraticável, impossível e inviável para “pessoas normais”. Não se mata alguém. Não se mata um sentimento. Não se mata. A menos que de fato se esteja disposto a matar, e nesse caso, você é um assassino.
Pensemos pela seguinte ótica: olhe para dentro, esqueça os outros, esqueça sociedade, esqueça as relações, pense apenas em si e no que sente. Mergulhe em seu mais obscuro universo interior.
Avaliando tudo que sente, se realmente pensa que é possível matar uma pessoa dentro de si, estamos falando de morte. E morte é definitiva. Para sempre. Essa pessoa realmente terá morrido para você!

Se você acredita realmente que poderia matar alguém em seu coração e sua mente, não pensar ou sentir em algum momento algo pela pessoa, então necessariamente assume que a mataria na vida real também.
Se possui a coragem e frieza para matá-la dentro de si, nada o impediria de matá-la realmente. Lembrando que que estamos olhando apenas para dentro de nós e não levando em consideração a sociedade ou relações com outras pessoas.
Acredito que psicopatas sejam assim, realmente matam. E como não poderia deixar de ser, isso ocorre primeiro no mais obscuro interior de cada um.
Acredito piamente que as pessoas levam para sempre consigo um pouco de cada um. Entendo que ninguém mata de fato alguém dentro de si.

Minha teoria aqui tem o propósito único de defender a ideia de que se você realmente acredita que pode matar alguém dentro de si, então é porque seguramente seria capaz de matar uma pessoa no “mundo real”. Se para você, matar alguém na “realidade”, é algo inconcebível, então tenha certeza, jamais matará dentro de si.
Não se preocupe, a princípio isso é bom. Você está dentro da normalidade. Agora... se você realmente acredita que seria capaz, então peço que por favor me avise e então cuidarei para jamais lhe desapontar profundamente.
E então? Você é um assassino? Ou você é “normal”?
Publicado em: A Tribuna Regional no dia 10.01.2015
Revisado por Josiane Brustolin
@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br
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