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terça-feira, 15 de novembro de 2016

Homens trabalham mais que mulheres


Esta foi a declaração do ministro Ricardo Barros. Imediatamente uma avalanche de "mimimis" e feministas caíram em cima, crucificando-o. 
Está cada vez mais difícil emitir opinião nesse Brasil "politicamente correto" onde quase nada correto acontece. 
Sempre questionei a tal dupla jornada de trabalho feminina, a aposentadoria antecipada e outras vantagens oriundas desse desgaste extra das mulheres. 
Sei que isso acontecia há algum tempo. Sei que algumas mulheres ainda fazem isso. 
O que questiono é: O que acontece com pais solteiros? Com quem cuida dos filhos em casa e ainda trabalha? Com quem mora sozinho e tem dupla jornada de trabalho? 
Falam muito da oprimida e coitada mulher, mas nunca ouvi falar dos homens que fazem tudo que elas fazem e ainda trabalham muito mais. 
Na lei em momento algum há qualquer menção sobre empresários que trabalham 10, 12 ou 14 horas por dia. Nada referente a jornada excessiva de trabalho. A períodos desgastantes gerindo empresa. 
Então falam em sexo frágil. Frágil que tem uma expectativa de vida muito superior ao homem? Ninguém sequer parou para pensar ainda qual seria o motivo dos homens morrerem antes? 
Não estou, absolutamente, desmerecendo o trabalho das mulheres. Reconheço, entendo, respeito e valorizo. 
Estou justamente falando que o inverso não ocorre. 
Homens realmente trabalham muito. 
Trabalhei com muita gente em muitos lugares e ainda não conheci pessoalmente uma mulher que gostasse de trabalhar tanto quanto os homens, ficando meses realizando uma jornada diária de mais de 14 horas. E aqui me refiro a quantidade. Gostar de trabalhar muito e não gostar muito do trabalho. 
Um dia ou outro, eventualmente, tudo bem. 
Sei que elas existem, leio a respeito, assisto e acompanho-as no que posso. São minhas referências em muitas coisas. Mas em outra realidade, outro contexto. 
Mulheres executivas do Vale do Silício. Diretoras de grandes multinacionais. Empreendedoras "normais" só em regime de exceção. 
Mas independente disso. Falando dos homens. 
Esses comprovadamente trabalham muito. Investem pesado em qualificação. Estudam bastante. E no final ainda são vistos como menos merecedores que as mulheres que, nesse contexto segundo a lei, trabalham mais. 
Evidente que não são todos os homens que trabalham um monte ou que se qualificam ou qualquer dos pontos supracitados. Estou falando da regra e não da exceção. Afinal, exceção deve ser tratado como exceção. 
Então escrevo justamente para manifestar minha espécie frente a uma indignação tão atroz que na verdade nem deveria existir. 
E os tais direitos iguais nunca foram genuinamente requisitados pelo povo. São iguais para o que convém e não para tudo devido as condicionantes excludentes.     


Publicado em: A Tribuna Regional no dia 20.08.2016
@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br

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