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quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Greve dos servidores



Essa semana conversei com uma servidora pública. Ela é nova e está em estágio probatório ainda nessa função, mas já havia conquistado estabilidade em outra antes dessa aprovação.
Ela reclamava fervorosamente sobre como a morosidade dos servidores atrapalham a nação e o povo. Falou que gente que está há anos no cargo não tem pressa, não se preocupa com o povo, não tem prazos, tem pilhas e pilhas de coisas para dar encaminhamento e não se prestam sequer a tentar uma melhora em produtividade.
Então conversávamos sobre a diferença entre o concursado e o privado e falando ainda sobre meu texto dos servidores públicos.
Na iniciativa privada ou se trabalha ou é demitido (a menos, é claro, que tenha estabilidade por algum sindicato. Daí a pessoa não trabalha MEEESMO, ainda que em empresa privada, pois não pode ser demitida).
Mas o ponto mais importante que quero citar hoje é a reivindicação por melhores salários por parte dos servidores públicos.
Essa servidora me fez pensar algo de uma forma que não havia feito ainda.
Se eu estudo para um concurso é porque aceito os termos daquela função, incluindo o salário. Então um ano depois de aprovado, fico insatisfeito e quero fazer greve ou afins?! Mas pelo amor de Deus, gente. Isso na iniciativa privada funciona diferente.
Se eu não estou satisfeito com o salário no local em que estou, não fundo um sindicato, ou me associo a algum, nem convenço meus colegas a fazerem greve. Eu simplesmente peço as contas e vou trabalhar em algum lugar que me pague melhor.
É isso que, ao meu ver (e dessa minha amiga que diz estar acompanhada por inúmeros outros que pensam igual) deveriam fazer os servidores públicos que estão insatisfeitos com sua remuneração.
Exonerem-se!
Peçam as contas e vão trabalhar em outro local. Simples assim!
Afinal de contas, é assim que o mundo funciona. Se não está satisfeito, troque.
Mas, nesse Brasil assistencialista todo mundo quer ganhar. E digo mais, ganhar sem entregar um resultado condizente.
Alguém que na iniciativa privada ganha mais de 10 mil reais produz espetacularmente. Verifiquem por si.
Atendem bem os clientes, preocupam-se com os clientes, investem em qualificação, produzem, entregam resultado.
Quantos servidores públicos você conhece que realmente são eficazes? Ou mesmo eficientes?
E digo mais, muita gente entra com todo o gás, quer realmente fazer a coisa andar, então começa a ser boicotada pelos mais antigos e “forçosamente” entra no ritmo.
Muitos antigos também já estão cansados de remar contra a maré, ou de verem tanta gente entrar em busca apenas de um cabide, sem qualquer forma que possibilite cobrar uma produtividade maior.
Penso que está na hora de as pessoas pararem de acreditar que é dever do estado sustenta-las, dar melhores salários e condições de trabalho e começar a pensar o que elas podem fazer por sua nação, cidade e estado. Parar de querer forçar seu empregador a dar mais dinheiro por algo que normalmente não vale.
Está na hora do nosso povo tomar vergonha na cara e começar a fazer ao invés de esperar cair no colo.
Chega! Vamos fazer a nossa parte.
O povo precisa perder essa ideia de que parasitar está certo. Para rir temos que fazer rir. Precisamos fazer a nossa parte para então conquistarmos algo.
Sei que uma grande parte dos servidores pensa como eu e compartilho de muitas frustrações deles.

Vamos mudar, eu acredito!

Publicado em: A Tribuna Regional no dia 10.10.2015
@rjzucco
rodrigo.zucco@terra.com.br

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